Inaugurado em 1988, o campo do Estela Golf Club, em Rio Alto, perto da Póvoa de Varzim, teve um arranque promocional fulminante ao receber duas provas do European Tour em 1990 e 1991, respectivamente, o Open Atlântico/Vinho Verde (que teve um play-off com seis jogadores, ganho pelo escocês Stephen McAllister) e o Open de Portugal (vitória do inglês Steven Richardson). 

Desenhado pelo português Duarte Sottomayor, os 18 buracos deste campo ao estilo de links desenrolam-se ao longo de uma estreita faixa de três quilómetros de praias, com 9 buracos de cada lado da club house, entre dunas, vegetação rasteira, alguns lagos e o oceano como pano de fundo. O seu comprimento máximo é de 6.144 metros, para um clássico par-72.

As pancadas de saída colocam pressão, pois os fairways são estreitos e quem deles sair enfrenta a areia das dunas mesmo na ausência de bunkers, tendo pela frente greens elevados e de pequenas e médias dimensões, muitas vezes à mercê dos ventos predominantes do oceano. Tal como nos links clássicos, os shots aos greens são abertos, sem bunkers de entrada, permitindo que a bola entre a rolar.

Os primeiros 9 buracos são os mais difíceis, dão pouca margem de erro. No 3 (par-4), stroke index 1, um par-4 de 411 metros, é difícil chegar ao green em duas pancadas com vento contra. O 4, um par-3 de 176 metros, é batido sobre um vale até um green, com a praia à esquerda e um fosso à direita; e o 5, para agravar a sensação de orfandade, vai até ao ponto mais distante da partida.

Os segundos 9 são mais acessíveis, têm alguns fairways uns ao lado dos outros, paralelos, de onde se pode jogar em caso de pancadas erráticas. Afastam-se da club house entre o 10 e o 13, quatro buracos contíguos à praia; o 14 assinala o regresso à partida, com o 18 a subir rumo à club house. Lá de cima, a panorâmica ideal, em anfiteatro, para assistir ao desfecho dos jogos.