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Amargo para portugueses nos Jogos Olímpicos
14/08/2016 03:16 RODRIGO CORDOEIRO
Lima em competição com o seu caddie-treinador Benoit Willemart / © COP

Melo Gouveia e Lima cedem na terceira volta, britânico Justin Rose novo líder

Se bem que um pouco secretamente, continuávamos a acreditar que seria possível uma medalha no golfe para Portugal. Filipe Lima, com duas voltas de 70 no par-71 do campo olímpico do Rio de Janeiro, entrou no fim-de-semana entre os 17.ºs classificados, Ricardo Melo Gouveia, depois de um 73 inaugural, tinha sido dos melhores no segundo dia com um 68 só superado por 7 jogadores e subira 22 lugares para os 22.ºs. 

Se protagonizassem boas exibições na terceira volta, este sábado, então seria possível encarar domingo com esperança. Pelo contrário, o que sucedeu em dia muito ventoso foi que eles se foram abaixo. Melo Gouveia, jogando num grupo com o espanhol Sergio Garcia e o norte-americano Patrick Reed, números 11 e 14 no ranking mundial e jogadores de Ryder Cup, marcou 76 – e quanto a Lima, na companhia de um brilhante n.º 6 mundial Bubba Watson (vencedor do Masters em 2012 e 2014), fez 77. 

Como consequência, ambos ocupam agora o 44.º lugar com 217 pancadas, 4 acima do par. Na última volta, Lima sai pelas 7h33 locais (11h33 em Lisboa) com o sul-africano Brandon Stone e o venezuelano Jhonattan Vegas, Melo Gouveia arranca 11 minutos depois no grupo seguinte com o canadiano David Hearn e o chileno Felipe Aguilar. 

Filipe Lima começou muito mal ao concluir os primeiros 9 buracos com 41 pancadas, fez os segundos 9 em 36 mas o prejuízo era já irrecuperável. Marcou 6 bogeys, 1 duplo bogey e 2 birdies. Melo Gouveia, o melhor português da actualidade, 131º mundial, fez exactamente o mesmo registo mas com menos um bogey do que o seu compatriota. 

“Hoje foi um dia não em que logo no buraco 1 as coisas começaram mal. Perdi um pouco a confiança e foi difícil recuperá-la, o vento também foi aumentando de velocidade o que não ajudou”, afirmou Melo Gouveia na sua página de atleta do Facebook.

Ricardo Melo Gouveia / © COP

Na luta pelas medalhas há um novo comandante. O britânico Justin Rose, 12.º no ranking mundial, subiu do quarto ao primeiro lugar ao marcar hoje 65, substituindo o australiano Marcus Fraser (sábado com 72) – líder nos dois primeiros dias depois de abrir com um 63 seguido de um 69 – no topo da tabela. Somando 201 (-12), tem a vantagem mínima sobre Stenson, que hoje fez 68 passando de terceiro para segundo, para o lugar que na sexta-feira pertencia ao belga Thomas Pieters (fez 77 descendo para o lote dos 14,ºs).

 Justin Rose na conferência de imprensa /© I.G.F. 

Rose, inglês, vencedor do Open dos EUA em 2013, começou forte, com birdie no primeiro e dois eagles, no 3 e no 5, o que lhe permitiu passar imediatamente para a frente, onde se manteve sempre até ao fim, mesmo que tanto Fraser como o sueco Henrik Stenson, o mais cotado em prova (n.º 5 mundial) o tenham igualado em várias ocasiões. Rose fez mais 3 birdies na segunda metade do campo (contra 2 bogeys em toda a jornada, nos buracos 2 e 14) e parte na pole position para a última corrida. 

O ouro deverá ser discutido entre estes três, porque o trio de quartos classificados, composto pelo norte-americano Bubba Watson (73-67-67), o sueco David Lingmerth (69-70-68) e o argentino Emiliano Grillo soma 207 e está já a uma distância de 6shots do primeiro.