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Filipe Lima falha hora de saída
01/12/2016 17:13 HUGO RIBEIRO/FPG
Filipe Lima com contratempo no seu regresso ao European Tour / © IGF

Português desqualificado no Australian PGA Championship em Brisbane

Filipe Lima foi o único português a participar no arranque do European Tour de 2017, que se deu hoje, com o início de dois torneios, o Australian PGA Championship e o Alfred Dunhill Championship.

O português residente em França, 290.º no ranking mundial, foi hoje (quinta-feira) desqualificado do Major do PGA Australasian Tour, de um milhão de euros em prémios monetários, e nem chegou a jogar um único buraco.

De acordo com informações prestadas pelo European Tour ao Gabinete de Imprensa da FPG, “Lima chegou atrasado ao tee” e “falhou a sua saída”.

O Circuito Profissional Europeu não gosta muito de discorrer sobre situações análogas e por isso a informação é tão lacónica, mas vale a pena recordar que já houve casos em que jogadores foram desqualificados por terem chegado tarde apenas alguns segundos em relação à hora oficial de saída.

Não foi início de temporada que Filipe Lima desejava, depois de um final de época de 2016 recheado de boas notícias, designadamente a subida ao European Tour (a primeira divisão europeia) via Challenge Tour (a segunda) pela quarta vez na sua carreira, e a participação, pela terceira vez, na Taça do Mundo de profissionais.

Aliás, Filipe Lima aproveitou estar em Melbourne na semana passada, para manter-se na Austrália e viajar diretamente para Brisbane.

A sua estada em Gold Coast estava a ser memorável, pois tinha sido selecionado pela organização do Australian PGA Championship para uma ação de promoção do torneio, que consistiu em levar alguns jogadores ao Sea World.

O português de 35 anos voltou a revelar todo o seu potencial de marketing e acompanhou o sul-africano Jaco van Zyl, o 95.º do ranking mundial, na oportunidade de juntarem-se a um dos golfinhos que oferecem espetáculos diários num lago artificial daquele parque.

“Estes animais são giríssimos e às vezes parecem humanos. Temos imensa sorte de jogar golfe e poder ter experiências destas. Espero um dia poder fazê-lo de novo com a minha mulher e a minha filha pequenina”, disse Filipe Lima na reportagem publicada nas redes sociais do torneio.

Em 2017, Portugal irá ter dois jogadores a competir a tempo inteiro no European Tour, apenas pela segunda vez na história do golfe nacional. Aconteceu pela primeira vez em 2014, com Ricardo Santos e Filipe Lima, e agora em 2017 com Ricardo Melo Gouveia e Filipe Lima.

Ricardo Melo Gouveia poderia ter iniciado também hoje a sua temporada de 2017 e até tem boas memórias do Alfred Dunhill Championship. Há um ano, em novembro de 2015, estreou-se como membro do European Tour com um bom 18º lugar (-5) em Leopard Creek, na África do Sul. Foi o melhor arranque de sempre de um rookie português no European Tour.

Desta feita, talvez por ter terminado a época de 2016 mais tarde, devido à participação na Taça do Mundo da semana passada, o nº1 português e 126.º do ranking mundial, optou por parar um pouco.

Esta semana, o português residente em Londres colocou mesmo uma fotografia nas redes sociais a mostrar o arranque da sua pré-temporada, para já mais centrada na preparação física. Ricardo Melo Gouveia prevê inaugurar a sua época apenas em janeiro.

Também Ricardo Santos poderia ter jogado hoje, apesar de não ter conseguido subir ao European Tour nem pelo Challenge Tour, nem pela Escola de Qualificação.

O algarvio, 884.º no ranking mundial, teria tido entrada no Alfred Dunhill Championship, onde estava inscrito, mas essa confirmação só veio ontem. Há dois dias, por exemplo, ainda estava dois lugares de fora. Teria sido impossível viajar de Portugal à África do Sul e chegar a tempo.

Seria um risco muito grande pagar a dispendiosa e longa deslocação de Faro a Malelane e depois ficar de fora. Por isso, Ricardo Santos optou, compreensivelmente, por ficar em casa e irá competir no torneio inaugural do 2.º Swing do Algarve Pro Golf Tour.