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Numa boa onda nacional
27/01/2017 13:33 RODRIGO CORDOEIRO
Filipe Silva, do Turismo de Portugal, na sua intervenção / © FILIPE GUERRA

Conferência Nacional do Turismo Residencial e do Golfe realizou-se em Lisboa

O Hotel Dom Pedro Lisboa, com o seu anfitrião Stefano Saviotti na plateia, foi ontem palco da Conferência Nacional do Turismo Residencial e do Golfe, organizada pela Associação Portuguesa de Resorts (APR) e pelo Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG). 

Coube a Diogo Gaspar Ferreira, presidente do CNIG e CEO do Vale do Lobo Resort, dar a nota de boas-vindas, seguindo-se a mensagem de abertura por parte do presidente do Turismo de Portugal (TP), Luís Araújo.

A "casa" estava bem composta / © FILIPE GUERRA

“Embora beneficiado por circunstâncias externas, o excelente momento que Portugal vive é resultado do trabalho desenvolvido por todos os intervenientes e envolvidos”, salientou Luís Araújo. “O Turismo de Portugal, na prossecução do seu objetivo de promover o país, tem sido um parceiro e motor do CNIG e da APR, o que é também um reconhecimento da importante actuação destas duas instituições.”

O presidente do TP sublinhou que “o golfe posicionou Portugal como um dos mais reconhecidos destinos turísticos do mundo”, e que o TP ajuda na sua promoção de várias formas, sendo que uma delas é pela parceria com o CNIG para o sistema de reservas (PortugalGolfbooking. com), que “deve ser promovido, cavalgado e altamente divulgado”. Referiu ainda o apoio ao Portugal Masters. “Temos de aproveitar este momento positivo para captarmos mais turistas para Portugal, e ainda há muito a fazer.”

A sessão matinal foi dedicada ao turismo residencial, de tarde veio o golfe, com uma primeira intervenção de Filipe Silva (“Golfe, Produto Estratégico na Promoção de Portugal”), vogal do Conselho Directivo do TP. 

Seguiu-se um debate sob a temática “O Negócio do Golfe em Mudança”, moderado por Lodewijk Klootwijk, CEO da European Golf Course Owners Association (EGCOA), com a presença de Carlos Cortês (CEO da Greendraive, que explora e gere os campos da Orizonte Golfe), Cameron Ritchie (responsável ibérico da Golfbreaks.com), Fernando Fagulha (Sales & Marketing Director da Europcar Portugal) e Hernâni Estevão (director de golfe de Vale do Lobo), este em substituição de Luís Correia da Silva (CEO da Oceânico Golf). 

Da esquerda para a direita, Carlos Cortês, Cameron Ritchie, Fernando Fagulha, Hernâni Estevão e o moderador Lodewijk Klootwijk / © FILIPE GUERRA

Maria Manuel Delgado e Silva, Golf Product Manager do Turismo do Algarve, falou do “Modelo Estratégico para a Promoção Externa do Golfe” e John King (co-fundador do Golf Marketing Lab) debruçou-se sobre os “Fundamentos de Marketing de Golfe Efectivo no ‘Mundo Real’”. 

Nuno Ribeiro, Portugal Country Manager do Instituto Fabernovel, discursou sobre “Os Gafa – Novas Regras da Economia Digital”, e depois moderou um debate sobre “O Cliente Online”, em que intervieram Bruno Silvério (E-Commerce. & Digital Marketing Manager do Pine Cliffs Resort), Gil Bedford (Chief Operations Officer da Hole19), Mário Pestana (Chief Technology Officer da Ocêanico) e John King.

Stefano Saviotti com Filipe Silva, Pedro Fontainhas na tribuna / © FILIPE GUERRA 

A mensagem final foi feita por Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo Português, que disse que “o governo não deve limitar um produto turístico [o golfe] de enorme rentabilidade para o país”, pelo que “é vital que a descida do IVA, que actualmente é de 23% e já foi de 6%, faça parte do Orçamento do Estado do próximo ano.” 

Ainda relativamente ao golfe, Calheiros lembrou que “Portugal tem uma quota de mercado de 19%, contra os 21% de Espanha”, acrescentando que “em território português moram 90 campos e no país vizinho são 300”. 

Ontem foi um dia de chuva permanente e Lisboa estava caótica de trânsito, sobretudo de manhã, pelo que esta Conferência, prevista para começar 9h30 e terminar às 18h, teve um atraso de meia-hora, o que levou o apresentador Pedro Fontaínhas (director-executivo do CNIG e APR) a suspender a sua intervenção, sob o título “A Indústria do Golfe em Números”. 

Mas o GolfTattoo teve acesso a este ‘dossier’ e deixa aqui alguns dados que iriam ser mencionados por Pedro Fontainhas

– Cerca de dois milhões de voltas em Portugal em 2015, 82% de estrangeiros, 17% de portugueses 

– Número estimado de turistas/ano: 420.000 

– Inglaterra principal mercado emissor, com 38% 

– Destinos concorrentes de Portugal: Consolidados –  Espanha, França, Itália, Irlanda, Escócia, EUA. Emergentes – Dubai, Turquia, Grécia, Chipre, Marrocos, República Checa, Polónia, Hungria, Croácia 

– Portugalgolfbooking.com (sistema de reservas do CNIG financiado em 80% pelo Turismo de Portugal) tem crescido exponencialmente desde a sua criação em 2013, em termos de voltas e receitas, atingindo até ao fim de 2016 o valor de €977.179