Está a postos a 60.º edição daquele que é um dos mais antigos e emblemáticos torneios europeus
O Open de Portugal vai jogar-se esta semana pela 60.ª vez, pela terceira consecutiva no Royal Óbidos Spa & Golf Resort, e vai manter-se no campo desenhado pelo saudoso Seve Ballesteros.
«Já renovámos o contrato por mais três anos no mesmo campo, com o qual estamos muito satisfeitos», disse hoje (terça-feira) Miguel Franco de Sousa, na entrevista que concedeu ao final da manhã ao ‘Grande Jornal’ da SportTV, a televisão oficial do único torneio português do Challenge Tour.
«É mais uma edição de um importante evento no panorama do golfe nacional, a par do Portugal Masters, que vai realizar-se no final de outubro. Estrategicamente para nós é fundamental organizá-lo, por duas razões: promover um destino turístico, o Oeste e Óbidos em particular, e permitirmos a participação de jogadores portugueses em competições do Challenge Tour no estrangeiro», acrescentou o presidente da FPG.
A 60.ª edição arranca amanhã (quarta-feira) com o renovado Hyundai Pro-Am, a partir das 10h10, este ano com mais figuras públicas, aliás, Miguel Franco de Sousa irá atuar no grupo liderado pelo profissional Tiago Osório, que terá como outros jogadores amadores a atriz e apresentadora Carolina Torres e o humorista e ator Rui Unas.
Miguel Franco de Sousa não tem dúvidas de que, apesar das previsões meteorológicas complicadas, iremos ter uma grande 60.ª edição: «Vamos ter no Open de Portugal at Royal Óbidos os seis primeiros classificados do ranking do Challenge Tour, o que por si só já diz da importância deste evento. Temos nove atletas portugueses, mas temos também antigos campeões do Open de Portugal, em particular o Grégory Bourdy, que venceu no Oitavos Dunes em 2008».
«Portanto, para o Challenge Tour, é uma lista de participantes muitíssimo boa e com os portugueses a terem uma cartada importante a ser jogada para as suas classificações no ranking, que poderá permitir-lhes ou manterem o seu ‘cartão’ para o ano que vem no Challenge Tour ou, quem sabe, conseguirem um lugar no circuito acima, o DP World Tour», acrescentou o presidente da FPG.
A vitória de um português seria a cereja no topo do bolo, até porque seria inédita, mas para Miguel Franco de Sousa o grande desiderato do Open de Portugal at Royal Óbidos é elevar a competitividade dos jovens nacionais: «Estrategicamente para nós é importante permitir que os jovens profissionais tenham oportunidades de jogo quando passam de amadores a profissionais. Fazemos investimentos muito significativos nas seleções nacionais, enquanto esses atletas são amadores. Depois, ao organizarmos este tipo de competições, criamos os quadros competitivos para estes profissionais que são fundamentais nos primeiros anos de atividade».
Com efeito, só por organizar o Open de Portugal at Royal Óbidos, a FPG recebe uma trintena de convites do Challenge Tour que são depois permutados com outros promotores de torneios, levando jogadores portugueses a competirem no estrangeiro com regularidade ao longo da época.
O presidente da FPG congratulou-se ainda por esta 60.ª edição contar com mais apoios: «Temos, obviamente, o apoio do campo de golfe com um investimento muito significativo, também do Turismo de Portugal, do IPDJ e, pela primeira vez, da Câmara Municipal de Óbidos, que, ao fim de três anos, finalmente, com uma nova presidência, deu-nos apoio para organizarmos este evento com uma qualidade ainda maior e com mais projeção».