Participou no torneio de solidariedade que os dois campeões do Grand Slam organizam
Ricardo Santos foi selecionado pela terceira vez seguida para contribuir para o Olazábal & Nadal Invitational by Pula Golf Resort, o torneio organizado em Palma de Maiorca pelos dois campeões espanhóis de torneios do Grand Slam.
O português de 34 anos é, há alguns anos, amigo de José Maria Olazábal, o duplo campeão do Masters, mas pelo segundo ano consecutivo foi integrado na equipa de Rafael Nadal, vencedor de 14 majors de ténis.
Ricardo Santos contribuiu decisivamente para a revalidação do título do Team Nadal, que somou 126 pancadas abaixo do Par em dois dias (duas voltas), face às -121 do Team Olazábal.
Só o algarvio totalizou 7 abaixo do Par em dois dias, curiosamente o resultado que, poucos dias depois, lhe valeu o 3.º lugar no 1º Pinheiros Altos Classic, do Algarve Pro Golf Tour.
“Joguei muito bem, com -2 na primeira volta e -5 na segunda e só sofri 1 bogey em dois dias”, disse ao Gabinete de Imprensa da FPG, depois de liderar duas equipas distintas neste torneio em formato Pro-Am.
Há um total de 72 participantes, 17 deles profissionais, com Rafa Nadal a apresentar-se sempre como o 18.º profissional, embora saia das marcas “amarelas” e não das brancas.
“Os profissionais são sorteados e há dois anos seguidos que calho na equipa do Nadal. Depois, num dia jogo com três amadores e no dia seguinte com outros três”, explicou Ricardo Santos. A equipa comandada pelo português no primeiro dia obteve o segundo melhor resultado da jornada, com -14.
Os profissionais de golfe convidados este ano foram do mais elevado nível internacional: Carlota Ciganda, Miguel Ángel Jiménez, Álvaro Quirós, Alejandro Cañizares, Lorenzo Gagli, Ricardo Santos, Jesús Legarrea, Benoit Tellería, Santiago Luna, Ignacio Elvira, Jordi García Pinto, Eduardo Larrañaga, Jorge Campillo, Adrián Otaegui, Enmanuelle Canónica e José Manuel Lara.
Os profissionais participantes © TEN GOLF, LUIS CORRALO
“Iremos continuar a jogar este torneio até que vocês consigam pelo menos ganhar uma vez”, brincou Rafa na cerimónia de entrega de prémios.
Ao fim de três anos seguidos a participar no Olazábal & Nadal Invitational by Pula Golf Resort, Ricardo Santos começa a desenvolver também uma relação um pouco mais próxima com Rafael Nadal e a sua família.
“No ano passado joguei num dos dias com o tio e treinador dele, o Toni, não é? E pareceu-me um tipo muito sensato. Este ano ele disse-me que está convencido de que o Rafa vai voltar a jogar a muito bom nível porque está a vê-lo treinar com a mesma intensidade que tinha nos seus melhores tempos. Nós fomos vê-lo treinar, porque ele treinou ténis todos os dias, mesmo durante o torneio de golfe, e posso dizer que estava a bater na bola a todo o gás”, contou Ricardo Santos.
“Este ano houve um dia em que falámos um pouco mais e pedi-lhe um chapéu assinado por ele para a minha filha Victoria, porque ela começou a dar umas bolas de ténis há um ano e agora já sabe quem ele é”, acrescentou o campeão nacional de golfe, também ele um praticante esporádico de ténis, depois de ter sido um tenista assíduo entre os 8 e os 10 anos.
O nónuplo campeão de Roland Garros também levou os seus convidados a visitar o novo Rafa Nadal Sport Center, que deixou Ricardo Santos maravilhado: “tem infraestruturas de alto nível para todos os desportos e os quartos para os atletas são de qualidade bem acima da média”.
A parte mais visitada é sempre o museu, onde Rafa ostenta os seus principais troféus, as suas medalhas olímpicas de ouro, mas também recordações ligadas a outras modalidades desportivas, por exemplo, uma camisola de Cristiano Ronaldo e outra de Lionel Messi.
É para esse museu que irá agora a oferta muito especial de “Chema” Olazábal, um saco da equipa europeia que venceu a Ryder Cup em 2012, assinado pelos 12 jogadores que operaram o chamado “Milagre de Medinah”.
“Este saco tem um enorme valor sentimental para mim”, disse Olazábal, que foi o selecionador europeu dessa memorável edição da Ryder Cup.
Claro que o mais importante nesta autêntica brincadeira de amigos é o resultado final e este ano ultrapassou-se a verba de 130 mil euros destinada às obras de solidariedade social lideradas pelos dois major champions, a fundação Sport Mundi de “Chema” e a Fundación Rafa Nadal.
Entretanto, foi anunciado que as receitas do torneio do ano passado reverteram a favor de pessoas em situação de exclusão e pobreza; centros de acolhimento e de integração de estrangeiros, mediante acordo com a Cáritas Gipuzkoa; escolas em Moçambique; projetos na Nigéria que visam defender os direitos de meninas, através protocolo com a UNICEF; e a menores desfavorecidos de um bairro social de Palma de Maiorca que já são habitualmente apoiados pela Fundación Rafa Nadal.
