Inglês defende título no Arnold Palmer Invitational, onde os americanos não vencem desde 2015
Depois do WGC-Workday Championship, ganho por Colin Morikawa, o PGA Tour continua esta semana, entre quinta-feira e domingo, com o segundo dos quatro torneios que constituem o Swing da Flórida. Trata-se do Arnold Palmer Invitational, no Bay Hill Club & Lodge, em Orlando, na Florida, com o inglês Tyrrel Hatton a defender o título. A prova terá transmissão em directo no Eurosport 2.
O campeão de 2020, de 29 anos, 6.º no ranking mundial, é um dos três jogadores do top-10 desta tabela, a par de Rory McIlroy (8.º) e Patrick Reed (9.º), e lidera a armada internacional (não americanos) que, incrivelmente, procura a sexta vitória consecutiva nesta prova de estatuto elevado, com 9,3 milhões de dólares de prize-money e 123 jogadores à partida.
Antes do triunfo do britânico, ganharam aqui o italiano Francesco Molinari (2019), o norte-irlandês Rory McIlroy (2018) e os australianos Marc Leishman (2017) e Jason Day (2016). O último norte-americano a vencer foi Matt Every (2014 e 2015), que também estará em campo.
Dentro do top-20 contam-se ainda Bryson DeChambeau (11.º), o norueguês Viktor Hovland (13.º), o inglês Matthew Fitzpatrick (16.º), o sul-coreano Sungjae Im (17.º),o inglês Paul Casey (18.º) e Harris English (19.º).
Não tão bem posicionados no ranking, Jordan Spieth e Max Homa são outras duas das principais atracções. O primeiro, sem vitórias desde o British Open de 2017, parece estar a voltar ao seu melhor depois de uma longa travessia de maus resultados, já que foi T4-T3-T15 nas últimas três provas que jogou. Homa, por sua vez, conquistou há duas semanas o Genesis Invitational em Los Angeles.
O ano passado, Tyrrel Hatton venceu debaixo de muito vento. As condições estavam tão difíceis que, no fim-de-semana, apenas um jogador – Matthew Fitzpatrick – conseguiu um resultado (69) abaixo das 70 pancadas. O inglês somou 284 (-4) para conquistar o seu primeiro título no PGA Tour, com a vantagem mínima sobre Marc Leishman. Sungjae Im foi terceiro com 286 (-2) e Bryson DeChambeau quarto com 287 (-1). Joel Dahmen e Danny Lee, com 288 (Par), completaram o lote de jogadores que não perderam para o campo no cômputo dos 72 buracos.
Em 2020, o Arnold Palmer Invitational seria o último torneio completo no PGA Tour antes da paragem pela pandemia. Na semana seguinte, ainda se jogaria a primeira volta do The Players Championship, também na Florida, mas no final da mesma a prova-bandeira do circuito seria cancelada. E as competições só regressaram no início de Junho.
Uma paragem de 15 semanas que de maneira nenhum quebrou o ímpeto de Hatton. Nos seus dois primeiros torneios após a retoma foi T3 no RBC Heritage e T4 no Rocket Mortgage Classic. Depois, obteve a sua quinta e sexta vitórias no European Tour, no BMW PGA Championship (prova-bandeira do circuito) e no Abu Dhabi HSBC Championship, em Janeiro passado. Isto, além de mais uma mão cheia de top-10’s. Jogando apenas 11 torneios no PGA Tour, época 2019-2020, conseguiu ainda assim terminar em 10.º na FedEx Cup.
Com a sua nova fortuna financeira, comprou uma residência em Lake Nona, a cerca de 20 minutos de Bay Hill, no mesmo estado americano onde há anos atrás fazia pela vida e pela carreira jogando em mini-tours. E assim, um tanto ou quanto discretamente, apresenta-se no Arnold Palmer Invitational como o segundo melhor europeu no ranking mundial (apenas o espanhol Jon Rahm, n.º 2, o supera neste capítulo). E é garantido que vai participar, em Setembro, na sua segunda Ryder Cup: o capitão da Europa, Padraig Harrington, disse que ele era um “sonho para a Ryder Cup”.
Hatton, nascido em Marlow, no condado de Buckinghamshire, diz que tudo isto é “meio surreal”. “Não mudei nada na minha rotina”, garante. “Tento ir a todos os torneios e dar o meu melhor quando chego lá; se conseguir jogar um bom golfe, então o ranking mundial é um subproduto disso. ”