Foi o melhor dos quatro portugueses no European Young Masters, na 17.ª posição
Pedro Lencart conseguiu terminar no top-20 do European Young Masters e apesar de ter melhorado a sua classificação do ano passado e de cotar a sua exibição como positiva, sentiu que poderia ter brilhado mais.
O Europeu de sub-16 foi organizado nos últimos três dias pelas Associações Europeia e Suíça de Golfe, no Golf Club du Domaine Impérial, no Lago de Genebra, entre 54 jogadoras e 55 jogadores.
“Apesar de ter considerado uma semana positiva, acho que poderia ter corrido bastante melhor, pois não estive bem nos últimos buracos em todos os dias”, disse o português de 15 anos, que terminou no grupo de quatro jogadores dos 17.º classificados, com 224 pancadas, 8 acima do par-72, depois de voltas de 74-74- 76.
O ex-campeão nacional de sub-14 perdeu quatro pancadas no buraco 18 em três dias, depois do duplo bogey de hoje e quatro pancadas a menos tê-lo-iam levado ao top 10.
Mesmo assim, dado que no ano passado, na Alemanha, foi 31.º (+17), nota-se uma grande evolução e, como referiu o selecionador nacional, Nuno Campino, abriu-se expectativas para uma boa prestação em 2016: “É uma prestação razoável, que nos dá esperança para o futuro, visto que dos quatro jogadores que vieram à Suíça, três ainda podem jogar no próximo ano, o que dá algum alento para tentar alcançar uma medalha.”
Nesse sentido, talvez para o ano se deva estudar ainda melhor o calendário competitivo dos jogadores, dado que, por exemplo, Pedro Lencart tem sido sujeito uma carga forte, apesar de vitórias como a do Campeonato Internacional Juvenil da Finlândia trazerem sempre uma enorme motivação e confiança.
“Senti um pouco o cansaço de tantas semanas de competição seguidas, mas, apesar do cansaço e das saudades de casa, gostei desta semana, foi uma ótima experiência jogar com os melhores jogadores da Europa do meu escalão etário”, sublinhou Pedro Lencart.
O segundo melhor jogador português foi Vasco Alves, que se estreou na competição. Chegou a andar no top-20 e encerrou a sua participação em 22.º, com 227 (75-75-77), +11. Tal como Lencart, também Alves, o campeão nacional de sub-16, teve hoje o seu pior dia e Nuno Campino explicou que “estava mais difícil, por haver mais vento”.
“O que foi bom na jornada de hoje” – acrescentou o selecionador nacional – “é que não começámos bem, mas depois jogámos bem até aos últimos buracos. Só que perdemos um pouco na ponta final: o Pedro terminou com duplo no 18 e o Vasco também fez duplo no 17. E sabemos que quando perdemos pancadas nos últimos buracos é sempre a descer na classificação.”
No torneio feminino, Inês Barbosa veio sempre em crescendo, com voltas de 80, 77 e 76, para um agregado de 233 (+17), que lhe deu um 25.º posto empatado, uma classificação positiva e melhor do que o 31.º (+18) do ano passado, na Alemanha.
Já Joana Silveira, que se estreou na prova, era a 19.ª aos 18 buracos e aos 54 fixou-se no 40.º lugar, fruto de voltas de 77-79-87, para um total de 243 (+27).
Na Taça das Nações, Portugal perdeu hoje quatro posições para a 16ª entre 27 países, com 681 (226+226+229), +33.
O European Young Masters foi dominado pela França. Por equipas, a seleção gaulesa venceu com 645 (203-219-223), -13, batendo a Bélgica por 8 pancadas.
Individualmente, Pauline Roussin-Bouchard conquistou o título com 214 (69-71-74), -2.
Antoine Auboin, que liderou nos dois primeiros dias e que quebrou o recorde do campo que pertencia ao português Ricardo Santos desde 2004, acabou por não conseguir melhor do que o vice-campeonato, ficando a uma pancada do vencedor, o norueguês Markus Braddlie, que somou 211 (73-69-69), -5.