Tomás Silva, Vítor Lopes e Pedro Lencart pela selecção no Mundial por Equipas
Portugal inicia hoje a sua campanha no Campeonato do Mundo Amador Masculino de Nações, cuja 30ª edição será organizada pela Federação Mexicana de Golfe (FMG), sob a égide da Federação Internacional de Golf (IGF), no Mayakoba El Camaleón Golf Club e no Iberostar Playa Paraiso Golf Club, em Riviera Maya.
Um total de 71 países (foram 67 há dois anos) competirá durante quatro dias, até sábado, dia 24 de setembro, para tentar suceder aos Estados Unidos, que venceram as duas últimas edições, em 2014 no Japão e em 2012 na Turquia, tendo elevado oEisenhower Trophypela 15ª vez, um recorde na competição.
O troféu tem este nome em honra do 34º Presidente dos Estados Unidos, um grandeentusiasta de golfe. A taça foi oferecida, em 1958, ao Conselho Mundial de Golfe Amador (precursor da IGF), pela associação Friends of American Golf, através da USGA e o R&A.
O Presidente Dwight Eisenhower recebeu na Casa Branca os delegados fundadores do Conselho Mundial de Golfe Amador.
Portugal tem uma forte ligação histórica a estes Campeonatos do Mundo através do troféu que premeia a seleção feminina campeã, o Espírito Santo Trophy.
Mas se no setor feminino nunca foi uma força a considerar, já no torneio masculino obteve um honroso 13º lugar em 2010, na Argentina, entre 69 países, numa edição em que Pedro Figueiredo foi 9º classificado individualmente.
A seleção nacional masculina participa pela 22ª vez, levando três jogadores, num misto de experiência e juventude, e pelo menos dois destes três jogadores poderão ainda brilhar daqui a dois anos, no Mundial de 2018, na Irlanda.
CONSTITUIÇÃO DA SELEÇÃO NACIONAL MASCULINA
Nuno Campino, o selecionador nacional da FPG, convocou Tomás Silva, de 23 anos, o antigo triplo campeão nacional amador, que este ano foi 5º classificado no Campeonato Internacional Amador de França; Vítor Lopes, de 19 anos, 6º classificado no Campeonato Internacional Amador da Irlanda em 2016; e Pedro Lencart, de 16 anos, o jogador que destronou este ano Tomás Silva como novo campeão nacional amador e que há poucas semanas conquistou um dos mais importantes títulos juvenis de sempre do golfe português, o Junior Open, na Escócia.
Tomás Silva joga pela segunda vez consecutiva o Mundial, enquanto Vítor Lopes e Pedro Lencart estreiam-se na competição. Há dois anos, Tomás Silva teve a companhia de João Carlota (que entretanto tornou-se profissional) e de Gonçalo Costa (que nos últimos tempos se tem dedicado mais aos estudos universitários).
A delegação lusa ao México integra o treinador profissional e selecionador nacional, Nuno Campino, e José Pedro Almeida, responsável pela preparação física das seleções nacionais da Federação Portuguesa de Golfe (FPG).
Há dois anos, no Japão, Portugal terminou no 35º lugar, entre 67 países, enquanto, individualmente, o melhor português foi João Carlota, na 46ª posição, entre 200 participantes. Ambas as classificações foram positivas, apesar de longe dos recordes nacionais abaixo descritos.
19 DO TOP-25 DO RANKING MUNDIAL AMADOR
O 30º Campeonato do Mundo Amador Masculino de Nações apresenta-se fortíssimo, com 19 dos 25 primeiros do ranking mundial amador, incluindo o atual nº1, o norte-americano Maverick McNealy; o vencedor do US Amateur deste ano, o australiano Curtis Luck (Nº3); e o atual campeão do The Amateur Championship (British Amateur).
Na história do torneio contemplamos alguns dos maiores nomes da modalidade, casos de Jack Nicklaus e Tiger Woods, e alguns mais recentes como Rory McIlroy.
FORMATO
O World Amateur Team Championship/Eisenhower Trophy, que decorre em cada dois anos, joga-se ao longo de quatro dias. Cada jornada é composta por uma volta de 18 buracos em stroke play (por pancadas) e dos três jogadores em competição aproveitam-se apenas os dois melhores resultados de cada dia.
A Federação da equipa campeã fica com o direito de guardar no seu país, durante dois anos, o troféu e os jogadores das equipas classificadas nas três primeiras posições recebem medalhas de ouro, prata e bronze.
DECLARAÇÃO DO SELECIONADOR NACIONAL
«Estamos num campeonato do mundo é isso diz tudo. Os jogadores que estão aqui são os melhores nesta altura PARA representar a seleção nacional ao nível que procuramos.
«Os campos estão em excelentes condições, são bons Campos.
«Os objetivos para esta semana são fazer todas as rotinas certas, ter boas decisões, ser inteligentes para conseguirmos executar bons shots e no final obter dois bons resultados por dia. Estamos todos motivados, todos focados para fazer o nosso melhor».
HISTÓRICO DE PORTUGAL
A melhor classificação de sempre de Portugal no Eisenhower Trophy foi o 13º lugar em 2010, na Argentina, entre 69 países, numa edição igualmente encurtada para 54 buracos.
Portugal jogou com Pedro Figueiredo, José Maria Joia e Manuel Violas e “Figgy” alcançou a nossa melhor classificação individual, um 9º lugar, superando o já bem positivo 16º de Nuno Henriques em 2006, na África do Sul.
Do historial que nos foi facultado, mas falível, as melhores voltas de 18 buracos de portugueses foram 66 pancadas de Daniel Silva na última volta do Mundial de 1986 na Venezuela e 67 pancadas de João Carlota na última volta do Mundial de 2014 no Japão.
Dos registos disponibilizados pela IGF, o histórico da participação portuguesa em Mundiais é o seguinte:
1958, Escócia, 27º (em 29 países), 1.048 pancadas.
1969, Estados Unidos, 29º (32), 1.035.
1964, Itália, 31º (33º), 1.025.
1970, Espanha, 28º (36), 939.
1972, Argentina, 18º (32), 927.
1976, Penina (Portugal), 31º (38), 977.
1980, Estados Unidos, 33º (39), 984.
1986, Venezuela, 29º (39), 926.
1988, Suécia, 31º (39), 972.
1992, Canadá, 27º (49), 891.
1994, França, 28º (45), 915.
1996, Filipinas, 32º (47), 912.
1998, Chile, 32º (52), 905.
2000, Alemanha, 29º (59), 897.
2002, Malásia, 34º (63), 454 (3 voltas).
2004, Porto Rico, 26º (66), 436 (3 voltas).
2006, África do Sul, 21º (70), 573.
2008, Austrália, 31º (65), 587.
2010, Argentina, 13º (69), 445 (3 voltas).
2012, Turquia, 32º (72), 431 (3 voltas).
2014, Japão, 46º (67), 564 (4 voltas).