Ocupa agora 23.ª posição no México entre 71 países, Tomás Silva a fazer grande prova
Portugal perdeu ontem (quinta-feira) 7 posições no 30º Campeonato do Mundo Amador Masculino de Nações, mas o 23º lugar que ocupa entre 71 países continua a ser muito positivo, tendo em conta a juventude e inexperiência de dois terços da equipa neste torneio.
Na Riviera Maya, no México, a seleção nacional mantém as 2 pancadas abaixo do Par do primeiro dia, com jornadas de 140 no Mayakoba El Camaleón Golf Club (Par-71) e de 144 no Iberostar Playa Paraiso Golf Club (Par-72).
Portugal está empatado com Alemanha, República da Coreia, Canadá, Argentina e Peru, e o Eisenhower Trophy é agora liderado pela Austrália com 267 pancadas (135 no Iberostar e 132 no Mayakoba), 19 abaixo do Par.
A nível individual, Tomás Silva está a ter uma prestação muito acima das expectativas. É certo que há dois anos foi top-10 no Europeu individual e que este ano foi top-5 no Campeonato Internacional Amador de França, mas um Mundial é outro nível. Estão no México 19 dos 25 primeiros do ranking mundial amador, onde o português de 23 anos é apenas o 449º.
O torneio apresenta no topo do leardboard individual o australiano Cameron Davis, o 11º do ranking mundial amador, com 133 (-10), após voltas de 67 (Iberostar) e 66 (Mayakoba).
Ontem, Tomás Silva subiu 2 lugares para o 21º, empatado com outros 15 jogadores, entre 212 competidores.
o ex-triplo campeão nacional amador soma 140 (69+71), -3, e revelou nesta segunda volta enorme combatividade, pois as coisas começaram mesmo mal, com bogeys nos buracos 2 e 3. A partir desse momento, acertou o passo, não perdeu mais nenhuma pancada e ainda somou 3 birdies nos buracos 4, 7 e 14.
Uma grande reação do único dos três portugueses a ter disputado o Mundial de 2014 no Japão. Mesmo assim, não ficou eufórico: «Foi um dia muito semelhante ao de ontem. Estive seguro no tee shot, nem sempre consegui dar o melhor shot ao green, mas criei algumas oportunidades. Esteve novamente muito calor, mas desta vez com algum vento à mistura».
Na classificação coletiva contam os dois melhores resultados de três possíveis e nesta segunda jornada o segundo melhor cartão português foi o de Pedro Lencart, com 73 (+1), para ficar com um agregado de 144 (+1), no grupo dos 55º classificados, onde figuram mais oito jogadores.
O campeão nacional amador, de apenas 16 anos, também denotou capacidade de reagir a momentos menos bons. Veja-se o seu andar do marcador: 1 duplo-bogey no buraco 6, mas logo birdie no 7; bogey no 11, mas birdies nos 14 e 15; para bogey final no 16.
Se Pedro Lencart cedeu apenas 3 posições na classificação coletiva, uma insignificância entre 212 jogadores, já Vítor Lopes caiu de 53º para 91º, empatado com outros seis jogadores.
O nº1 amador português de 2015 cumpriu a segunda volta em 76 pancadas, 4 acima do Par, fruto de 2 birdies, 1 duplo-bogey e 5 bogeys. Mas o seu total de 147 (+4) está a apenas 3 pancadas do top-60 e todos sabemos como o algarvio de 19 anos é capaz de fazer uma grande volta em qualquer altura.
A 30ª edição do Campeonato do Mundo Amador Masculino de Nações é organizada pela Federação Mexicana de Golfe (FMG), sob a égide da Federação Internacional de Golf (IGF).
O World Amateur Team Championship/Eisenhower Trophy, que decorre em cada dois anos, joga-se ao longo de quatro dias. Cada jornada é composta por uma volta de 18 buracos em stroke play (por pancadas) e dos três jogadores em competição aproveitam-se apenas os dois melhores resultados de cada dia.
Os jogadores da seleção nacional estão acompanhados no México pelos treinadores Nuno Campino e José Pedro Almeida.