Prova decorreu pelo quarto ano seguido no Aroeira 1, Tróia foi vice-campeão
O Quinta do Peru Golf & Country Club conquistou a 4.ª edição do Campeonato Nacional de Clubes de Seniores, destinado a jogadores com um mínimo de 50 anos, com handicap máximo de 18,4, que decorreu pelo quarto ano consecutivo no percurso nº1 do Clube de Campo da Aroeira 1, em Almada.
A equipa constituída por Paulo Spínola (+12), Francisco Ataíde (+15), André Holterman Roquette (+25), o capitão Filipe Salazar de Sousa (+4 em 18 buracos) e Segismundo Pinto Basto (+16 em 18 buracos) somou 472 pancadas, 40 acima do Par, após voltas de 231 e 241.
O clube de Azeitão já liderava a prova aos 18 buracos, com uma esmagadora vantagem de 15 pancadas sobre o Clube de Golfe de Belas, e terminou os 36 buracos com uma superioridade clara de 26 shots sobre duas equipas com 498 (+66), o Tróia Golf e o Club de Golf do Estoril, que defendia o título. O sistema de desempate acabou por dar o 2.º lugar ao clube alentejano de Grândola.
Tróia alinhou com o capitão João Neto Santos (+21), Miguel Nunes Sales (+23), António Sá (+23) e António Farinha (+31).
O Campeonato Nacional de Clubes Seniores beneficiou este ano de uma alteração regulamentar que incrementou o aumento do número de praticantes e elevou a sua competitividade.
“Este ano a idade limite para os inscritos passou a ser para jogadores que completem pelo menos 50 anos em 2016, enquanto na época passada era para jogadores com um mínimo de 55 anos”, explicou ao Gabinete de Imprensa da FPG, João Coutinho, o diretor-técnico nacional.
Os números são inequívocos. É verdade que em 2013 houve 9 equipas a participar e que em 2014 e 2015 esse número elevou-se para 10, mas este ano deu um salto significativo para 18 formações.
“Fomos ver quantos jogadores com menos de 55 anos se tinham inscrito e verificámos que foram 21. Ora esse número equivale a 5 equipas. Foi, de facto, uma alteração importante”, sublinhou João Coutinho.
Como o Campeonato Nacional de Seniores disputa-se desde sempre no Aroeira-I, é fácil proceder a análises comparativas.
O que sobressai de imediato é que em quatro anos houve quatro campeões diferentes: a Associação Barmen de Portugal em 2013, o Clube de Golfe da Ilha Terceira em 2014, o Club de Golf do Estoril em 2015 e o Quinta do Peru Golf & Country Club em 2016.
É um bom sinal, porque denota equilíbrio e dinâmica numa faixa etária em que a FPG, as associações e os clubes têm trabalhado bem.
Em segundo lugar é importante destacar que as 472 pancadas da Quinta do Peru igualaram o recorde do torneio, estabelecido pelos Barmen logo no primeiro ano.
A diferença de 26 pancadas entre o campeão e o vice-campeão é um novo recorde na prova, batendo os 19 de 2015, 16 de 2014 e 8 de 2013.
Sérgio Pereira, da equipa B da Aroeira, foi o melhor jogador do torneio, com 155 pancadas, 11 acima do Par, apresentando cartões de 76 e 79.
A melhor volta dos dois dias voltou a pertencer pelo segundo ano seguido a Luís Bleck da Silva, de Belas, com 73 (+1) no primeiro dia. O campeão nacional de seniors de 2015 detém o recorde da prova para 18 buracos com as 72 pancadas no ano passado.
O Quinta do Peru Golf & Country Club tinha sido 10.º e último classificado no ano passado, com quatro jogadores diferentes, pelo que foi uma equipa renovada que conquistou hoje o título de 2016, mas alguns dos jogadores do ano passado apresentaram-se este ano com uma equipa B.
Na classificação individual (que não tem qualquer prémio), o clube de Azeitão foi o único a colocar dois jogadores no top-10: Paulo Spínola em 2.º e Francisco Ataíde em 6.º, o que mostra também a competitividade do torneio, dado haver nove clubes representados nesse top-10.
O Campeonato Nacional de Clubes Seniores contabilizou para cada classificação diária os três melhores resultados de quatro possíveis, sendo cada equipa constituída por quatro jogadores e um capitão.
Paulo Spínola, o melhor jogador da equipa campeã e o 2.º na classificação individual, conversou com o Gabinete de Imprensa da FPG e explicou que "com a alteração do regulamento, foi possível formar este ano uma equipa de amigos com idades mais perto dos 50 anos, mas depois constituímos outra equipa com jogadores mais velhos que também quiseram participar. Como disse o presidente da FPG, Manuel Agrellos, ter-se baixado os escalões etários foi vantajoso porque trouxe mais competitividade, participação e até é mais divertido e dá-nos mais prazer jogar".
Filipe Salazar de Sousa, o capitão de equipa, só pode jogar no primeiro dia e obteve um bom resultado de 76 pancadas, igualando a marca de Paulo Spínola. Mas já não jogou hoje porque «tinha um compromisso familiar» e foi substituído por Segismundo Pinto Basto.
Paulo Spínola está seguro de que "para o ano, à medida que se for sabendo deste novo formato, irão surgir os melhores jogadores deste escalão e ainda será mais competitivo".
Em relação ao título, admite que "quando se ganha é sempre agradável, embora nos meta alguma confusão já sermos todos seniors, mas, enfim, estamos todos cá, o que é bom sinal. Agora, qualquer jogador de mid-amateur ou de seniores da Quinta do Peru dir-lhe-á que quando vamos para estes torneios, o nosso objetivo principal é baixar o handicap de cada um e depois logo se vê".
O facto de o Campeonato Nacional de Clubes Seniores se ter disputado poucos dias depois do de Mid-Amateur foi “o melhor treino possível” e Paulo Spínola frisou ainda que “depois de jogarmos muito bem no primeiro dia, facilitou no segundo”.
O Clube de Campo da Aroeira apresentou o seu percurso nº1 “em boas condições, com um tempo ótimo e creio que não nos podemos queixar de nada”.