Craques do golfe português como Tomás e Leonor Bessa e João Maria Pontes
A 9.ª edição do Campeonato Nacional Absoluto de Pitch & Putt (P&P) arranca amanhã (Sábado) com a grande novidade de pela primeira vez visitar o percurso Aqueduto do Paredes Golfe Clube.
Os 31 inscritos não marcam um recorde na prova, embora fiquem muito perto dos 33 do ano passado mas, em contrapartida, na opinião de Hugo Espírito Santo, o mais emblemático jogador português nesta especialidade, com 4 títulos em oito edições da prova, trata-se “do leque de jogadores mais competitivo de sempre”.
O campeão nacional de 2016 não irá defender o título. Diogo Gambini, de apenas 16 anos, explicou ao Gabinete de Imprensa da FPG que “os exames do 11º ano e todos os testes (efetuados) até à data do torneio fizeram com que não tivesse o mínimo de tempo possível para preparar a prova com conveniência”. No entanto, espera «poder jogá-lo em 2018 numa excelente forma».
Para contrabalançar a sua ausência, em 2017 regressa João Maria Pontes, invencível nesta especialidade. O campeão nacional de P&P em 2014 e 2015 também se viu privado de defender o título em 2016 por estar na Áustria, integrado na seleção nacional masculina de sub-18 que disputou a primeira divisão do Campeonato da Europa por Equipas neste escalão etário.
Tendo em conta o palmarés recente de João Maria Pontes em P&P e ainda o facto de se ter unido a Hugo Espírito Santo em 2016 para se sagrar vice-campeão mundial de P&P, na Escócia, é preciso apontar o jogador do Club de Golf de Miramar, que neste torneio representa Paredes, como um enorme candidato à vitória, senão mesmo o grande favorito.
“Preparei-me para conquistar de novo o título. Sei que tenho hipóteses de ganhar. No ano passado não consegui defendê-lo porque estava ausente mas vamos lá ver este ano. Vou dar o meu melhor, sei que não será fácil, mas há que tentar sair de cabeça erguida!”, disse João Maria Pontes ao Gabinete de Imprensa da FPG.
O também campeão nacional de sub-16 sublinha que um terceiro título não será fácil porque sabe bem da forte concorrência que tem pela frente, mas não se quer deixar influenciar por nomes sonantes: “Não gosto muito de comparar-me aos outros. São todos bons e qualquer um pode ganhar, apesar (do favoritismo) dos títulos e do handicap que tenho. Agora, vou jogar com um objetivo e lutar ao máximo por ele.”
A tal concorrência de peso é personalizada em Hugo Espírito Santo que, por seu lado, também apresenta outros candidatos à vitória: “Tomás Bessa, Leonor Bessa, João Maria Pontes, Arnaldo Paredes, Mário Filipe e João Monteiro. A Leonor Bessa e o seu irmão Tomás Bessa serão os estreantes nesta prova, mas jogam em casa e têm um palmarés no golfe que lhes permitirá lutar por este troféu tão carismático.”
O P&P é uma modalidade mista, na qual as jogadoras estão em pé de igualdade com os jogadores e bem poderemos vir a conhecer no Domingo uma primeira campeã em vez de um campeão. Seria histórico e Leonor Bessa é a pessoa indicada para essa tarefa. Afinal, é a atual campeã nacional amadora e também campeã nacional de sub-18.
Mas atenção igualmente a Francisca Alves, que este ano foi 3ª classificada no torneio feminino do Campeonato do Mundo individual de P&P em Itália.
João Maria Pontes considera bastante positivo que o P&P esteja a atrair jogadores de peso como os membros das seleções nacionais da FPG, Leonor e Tomás Bessa: “Gostaria até de ver mais (jogadores como eles), porque, no fundo, as pessoas desvalorizam um bocado (o P&P) mas é a parte que pode fazer toda a diferença no golfe convencional, principalmente junto dos mais novos. O P&P é um bom começo e no futuro irá ser importante para eles estarem fortes na área do shot curto e do putt. Também é um bom treino e acaba por ser divertido e diferente, por ser mais rápido.”
Talvez por estas razões esteja a ser cada vez mais atraente junto dos mais novos e Hugo Espírito Santo salienta que neste Campeonato Nacional «há quatro Jovens entre os 14 e os 16 anos que vêm de Rilhadas e outros quatro de Paredes».
A vitória de Hugo Gambini, no ano passado, com apenas 15 anos, também chama a atenção dos mais jovens, que percebem que podem bater o pé aos mais consagrados e experientes.
Nesta modalidade em que a distância é menos importante, dado que o máximo que cada buraco pode ser são 120 metros.
Pelas mesmas razões, por a distância de pancada não ser determinante no P&P, os veteranos são tão ou mais competitivos do que os jovens e se Hugo Espírito Santo avança com nomes como Arnaldo Paredes, Mário Filipe e João Monteiro entre os favoritos é porque sabe bem como na seleção nacional de P&P eles têm sido determinantes, como, por exemplo, se viu na vitória sobre a Espanha no ano passado.
O Campeonato Nacional Absoluto de P&P disputa-se em três voltas de 18 buracos, com os primeiros 36 buracos amanhã (Sábado) e a volta final de 18 buracos no Domingo.
Esta emblemática prova passou em anos anteriores pela Quinta das Lágrimas (Coimbra), CityGolf (Matosinhos), Vidago, Cantanhede, Rilhadas e Porto Santo. Sobre o percurso Aqueduto, no concelho de Paredes, Hugo Espírito Santo diz ser «um campo de montanha, difícil, que requer alguma perícia e habilidade de jogo».
Os vencedores dos oito Campeonatos Nacionais Absolutos de P&P foram os seguintes:
ANO LOCAL CAMPEÃO NACIONAL
2016 Qtª. Lágrimas Diogo Gambini (Qtª. Lágrimas)
2015 CityGolf João Maria Pontes (Oporto)
2014 Vidago João Maria Pontes (Oporto)
2013 Cantanhede Hugo Espírito Santo (Qtª. Lágrimas)
2012 CityGolf Hugo Vieira (Oporto)
2011 Rilhadas Hugo Espírito Santo (Qtª. Lágrimas)
2010 CityGolf Hugo Espírito Santo (Qtª. Lágrimas)
2009 Porto Santo Hugo Espírito Santo (Qtª. Lágrimas)