O campo de golfe do Boavista Golf & Spa Resort insere-se num resort residencial de luxo perto de Lagos, Algarve, e foi construído em duas colinas. Fazendo fronteira com uma reserva natural, devidamente assinalada e alertando os jogadores para a proibição de entrada, o seu percurso proporciona panorâmicas para a serra de Monchique, Lagos, Meia Praia e para o mar.

Inaugurado em 2002, com desenho de Howard Swan e um comprimento máximo de 6.053 metros, os 18 buracos dividem-se em duas partes distintas: a secção Resort, dos buracos 1 ao 3 e do 13 ao 18, com construção imobiliária em redor; e a secção Country, do 4 ao 12, com a natureza no seu estado selvagem e  com algumas vistas de cortar a respiração. À volta do perímetro do campo foram plantadas oliveiras, juntando-se às amendoeiras e figueiras já existentes e a que se acrescentaram algumas palmeiras.
 
Do buraco 2 para o 3 passa-se por um túnel e do 3 para o 4 atravessa-se uma estrada do complexo residencial para se entrar na parte mais arejada do campo. No 6, a pancada de saída é batida sobre um profundo precipício. No tee, há um banco em memória de David Moseley, antigo presidente da Kellys’s Golf Association, falecido no campo de ataque cardíaco.

Percorre-se uma ponte para chegar ao 7. Recuando um pouco no tee na direcção de uma ribanceira, alcança-se uma das melhores vistas do Algarve: a praia da Luz e o casario lá em baixo e, em dias nítidos, ao fundo, o cabo de São Vicente. Sem esquecer o mar. Trata-se de um par-4 cujo segundo shot é batido sobre uma ravina.

O 13 assinala o início da secção Country e da caminhada de volta ao ponto de partida, e é a partir daí que a água começa a entrar em jogo com um lago depois do green do 13 e outro antes do green do 14. Há um pormenor delicioso no 15: uma réplica da Swilcan Bridge, a mítica ponte ao estilo romano do Old Course de St. Andrews.

Os três últimos buracos são desafiantes: o 16 (par-5) tem um fairway inicialmente plano, depois descendente; se a pancada inaugural for certeira e chegar ao declive, a bola rolará 20 a 40 metros; o 17 (par-4), com 265 metros dos tees amarelos, permite atacar o green à primeira, com um lago na margem esquerda. O 18 é um par-4 a subir, habitualmente com vento contra.