Situado 500 metros acima do nível do mar, o campo de golfe das Furnas, na ilha de São Miguel, arquipélago dos Açores, é um dos mais deslumbrantes de Portugal. Bucólico, misterioso, luxuriante, rodeado de verde por todos os lados e de grandes cedros-japoneses e maçicos de hidrângeas e azáleas coloridas. 

Os primeiros 9 buracos são dos mais antigos do país, remontam a 1939 e foram desenhados pelo conceituado Mackenzie Ross, que, em Portugal, trabalhou também no Estoril e em Vidago. Os 9 buracos mais recentes, inaugurados em 1990, foram da autoria da empresa Cameron & Powell.

Sendo os 18 buracos das Furnas (6232 metros, par-72) uma mistura de antigo e novo, é ainda assim difícil, à vista desarmada, perceber quais são os buracos que foram construídos antes e quais foram construídos depois. A Cameron & Powell evitou impôr características alheias a um campo belo e clássico. Os 9 buracos mais recentes estão em harmonia com o espírito e o estilo dos antigos 9. 

Os 9 buracos originais são os que vão do 1 ao 4 e do 14 ao 18. Os 9 mais recentes vão do 5 ao 13, já não tanto com árvores majestosas de folha perene, mas com palmeiras e outras variedades atraentes e incluem quatro obstáculos de água.

Os fairways são ondulados e obrigam a todo o tipo de shots. Os green são na sua generalidade pequenos e ondulados, mas elevados em relação aos fairways, e têm contornos acentuados ao seu redor e muitas linhas para ler.

O buraco 14 é um dos mais difíceis, um longo par-4 de 410 metros. O 9 é traiçoeiro, está situado entre dois lagos e tem um pequeno green no fim. O 18 intimida: dos tees de trás, obriga a bater um drive sobre a água. Um final de sonho para um campo de sonho.