Inaugurado em 1997, o Golfe de Amarante foi implantado em 40 hectares na Quinta da Devesa, numa pequena propriedade agrícola. Localizado a 600 metros de altitude, é um campo de montanha. As condições orográficas não eram fáceis, pelo que ficou limitado em termos de comprimento: 5030 metros, par-68. Ao todo são sete buracos de par-3, oito de par-4 e três de par-5.

Desenhado pelo português Jorge Santana da Silva, está longe de ser um championship course, mas tal não impediu que tenha sido palco do Campeonato Nacional de Profissionais entre 1999 e 2005. O que se explica pelo facto de o Grupo Mota Engil, proprietário do campo através da Sociedade do Golfe de Amarante, ser então o patrocinador do torneio da PGA Portugal.

Por entre encostas inclinadas e arborizadas, o campo puxa bastante pelo físico, até porque existem algumas ligações mais longas entre buracos. Outros factores a ter em conta são os fairways estreitos e angulosos, os desníveis (a exigir bom julgamento nas distâncias e na escolha dos tacos), os blind shots, os 53 bunkers e greens pequenos e elevados.

Os lagos desempenham um papel importante no buraco 3, um par-4 em dog leg encosta abaixo, e no 13 (par-3), ambos exigindo aproximações ao green acertadas por forma a evitar a água. Para aproveitar ao máximo o terreno disponível, o arquitecto introduziu dois pares de fairways duplos, ligando os buracos 8 e 18, bem como o 5 o 14, estes últimos em plataformas distintas.

Destaque ainda para os 11 bunkers no buraco 6; para o declive de 50 metros do tee para o green no 11; para a forma como, no 10, é preciso negociar um ferro 2 ou 3 a descer para um green com bunkers e mato. Tudo isto com excelentes panorâmicas do rio Tâmega e das montanhas distantes das serras da Aboboreira e do Marão.