O campo de Tróia é um dos mais prestigiados de Portugal. Para isso contribui a qualidade do lay-out, considerado uma das obras-primas de Robert Trent Jones, bem como a zona paradisíaca onde está implantado, entre um pinhal e dunas de areia branca, a escassa distância da praia de Tróia, com vistas sobre o mar e, ao longe, a serra da Arrábida.

Num cenário natural, em terreno plano, suavemente ondulado, Tróia é um misto de links com percurso de interior. Os 18 buracos valem pelo seu conjunto, são de uma grande variedade e cada um tem a sua personalidade própria . Mas o mais famoso é o 3, um par-4 com 368 metros, paralelo à praia. Robert Trent Jones elegeu-o como parte do seu campo de 18 buracos ideal.

Tróia é um campo de onde é difícil sair com um bom resultado, sendo considerado dos mais difíceis de Portugal. Os fairways são estreitos, com mútiplos dog legs, ladeados pela areia das dunas e por vegetação rasteira. Os greens também são estreitos, pequenos e elevados e os bunkers entram constantemente em jogo.

No Open de Portugal realizado em Tróia em 1983, o escocês Sam Torrance foi o vencedor e o único a conseguir um resultado agregado abaixo do par. O campo foi ainda palco do European Amateur Championship, em 2002, entre outros inúmeros campeonatos nacionais e internacionais.

Além do 3, outros buracos que merecem referência são o 1, a dar o mote: shot de saída sobre um lago, fairway estreito e um green resguardado por oito bunkers, como se não bastasse já o terreno arenoso. O 2 (par-3) joga-se na direcção do mar, com vento predominante contra. E o 7 (par 5) é o mais comprido, com 498 metros.

O início da segunda metade do campo é relativamente tranquilo, mas à medida que se avança vai aumentando o nível de exigência. Até ao fim, será preciso lidar com três par-4 que ultrapassam os 400 metros. O 18 (par-5), a finalizar, tem um green elevado com três bunkers frontais a protegê-lo, bem como fora-de-limites logo a seguir, com a club house em frente.