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O sucesso crescente dos grips de cortiça
03/08/2015 15:33 Vasco Patrício
Grips disponíveis em dois tipos de formato e dois tamanhos dentro de cada formato / © D.R.

Depois dos sacos de golfe em cortiça, empresa The Cork Tree lança pegas para putters

Quando andávamos na escola primária e se aprendia sobre as indústrias portuguesas, havia uma divisão de indústrias tipicamente por zonas e tipos de actividade. Trigo e cevada no Alentejo e para fazer pão e derivados, uvas no norte para vinhos, entre muitos outros. Mas uma das indústrias sobre a qual se colocava bastante enfâse era a da cortiça. Isto porque nessa época era uma das indústrias principais exportadoras de Portugal (e ainda é), e pelo facto de as características intrínsecas da cortiça serem muito peculiares. 

A cortiça, na sua essência, é a casca do sobreiro. Isto significa que se trata de um tecido vegetal 100% natural. A sua constituição base é composta por uma colmeia de células microscópicas preenchidas com um gás semelhante ao ar e revestidas maioritariamente por suberina e lenhina. Nessa altura, apenas se ouvia falar da cortiça como material para rolhas, ou, com menor enfâse, para pavimentos ou isolamento térmico/acústico, ou seja, aplicações mais industriais. No entanto, nos últimos anos, a indústria da cortiça renovou-se e começou a investir na cortiça como material para os mais diversos produtos, sapatos, malas, chapéus, carteiras, etc... 

De entre as várias características intrínsecas deste material, e como estamos a falar de golfe, destacam-se duas. O facto de ser um material com baixa densidade e a sua quase total impermeabilidade. Foi com este pressuposto que a mesma companhia – The Cork Tree – que já nos tinha dado a conhecer sacos de golfe feitos em tecido de cortiça, resolveu agora diversificar a sua actividade e lançar grips para os putters. 

O putter, como se sabe, é um taco de gentileza. Ou seja, não serve para bater com força nem necessita dos mesmos níveis de aderência que são exigidos a um driver. No entanto, necessita sim de ser feito de um material que seja suave, delicado e acima de tudo que não seja influenciado pelas condições climatéricas. E aqui reside um dos principais factores que levam a que estes grips estejam, hoje em dia, na mira da grande maioria dos jogadores do tour, que é o facto de a sua performance ser virtualmente não afectada pela água ou qualquer tipo de humidade. 

Isto significa que o putter não desliza nas mãos, levando a uma maior confiança na pancada, bem como a um movimento mais fluído e solto no putting, que é a característica base dos bons jogadores de putting. Tal tem sido o seu sucesso que, hoje em dia, há cerca de 70 jogadores do Tour com estes grips montados nos seus putters, entre os quais o actual nº. 2 da Race to Dubai ( Danny Willet) e o n.º 1 da ordem de mérito do Japan Golf Tour, o jogador chinês Liang Wen-Chong.

Liang Wen-Chong com o seu putter com grip de cortiça / © GETTY IMAGES 

Os grips desta marca são construídos de um modo diferente de outros grips. Tipicamente, os grips de putter, ou mesmo dos outros tacos, são feitos de borracha, ou seus derivados, sólida. Estes Cork Tree baseiam-se no mesmo princípio, em que o miolo do grip é semelhante a qualquer outro grip, sólido, mas são depois envoltos por uma pele de cortiça que lhes dá o acabamento final. Assim, tem-se o melhor dos dois mundos: um grip que se comporta no que respeita a elasticidade e absorção de vibrações como um dos outros, e com uma performance sob ambientes húmidos ímpar graças ao acabamento de cortiça. 

Estes grips estão disponíveis em dois tipos de formato e dois tamanhos dentro de cada formato. Há os grips cilíndricos, sem qualquer diferença de tamanho entre a parte superior e inferior, o Stumpy, mais largo, e o Bandit, mais estreito. E há e os grips de formato mais clássico, o Gimme, mais largo, e o Slim Jim, o mais estreito. Todos eles têm o preço de 33€ quando comprados na loja online www.thecorktree.net, valor que inclui os portes de envio.