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A confiança reconquistada de Pedro Figueiredo
17/07/2016 21:57 HUGO RIBEIRO/FPG
Pedro Figueiredo obteve nas Canárias o seu melhor do ano no Challenge Tour / © FILIPE GUERRA

Apesar de 57.º no Challenge de Espanha, melhorias são evidentes para o resto da época

Pedro Figueiredo terminou hoje (Domingo) o seu melhor torneio do Challenge Tour, desde agosto do ano passado. 

O 5º português no ranking mundial foi 57.º no 8.º Fred Olsen Challenge de España, de 170 mil euros em prémios monetários, empatado com mais seis jogadores, com 276 pancadas, 8 abaixo do Par do Tecina Golf, na ilha canária de La Gomera. 

É preciso recuarmos a agosto de 2015, ao Open da Irlanda do Norte, onde foi 58º, para vermos a última vez que “Figgy” passou um cut no Challenge Tour, a segunda divisão europeia. 

No Tecina Golf, num torneio organizado por Javier Gervás, que em tempos promoveu também os Opens de Portugal e da Madeira, Pedro Figueiredo entregou cartões de 67, 67, 70 e 72. 

Uma volta de 67 pancadas no Challenge Tour não acontecia exatamente desde o tal Open da Irlanda do Norte em agosto, há quase um ano, mas três voltas consecutivas abaixo do Par, como esta semana, foi algo que fez apenas pela terceira vez na sua carreira neste circuito e, como escreveu o site especializado “Golftattoo”, não conseguia desde o Vacon Open, na Finlândia, em agosto de… 2014. 

O profissional português da Navigator, considerado o melhor golfista amador português de todos os tempos, está claramente a querer reagir ao pior momento da sua carreira e nem a volta de 72 (+1) de hoje estragou as boas indicações com que saiu das Canárias, porque, apesar de tudo, sentiu-se a jogar bem. 

“Hoje acertei 17 greens, bati bastante bem na bola, mas não meti nenhum putt. Sei que isso faz parte, há dias assim. O mais importante é o que vou retirar desta semana, é que voltei a sentir-me confiante em campo”, disse ao Gabinete de Imprensa da FPG. 

O prémio monetário de 535 euros é escasso e nem dá para pagar as despesas da semana, mas é o simbolismo que importa. É o seu primeiro prize-money no Challenge Tour desde agosto e permitiu-lhe surgir pela primeira vez este ano no ranking Corrida para Omã, no 224º lugar. 

“As sensações (deste torneio) são, de facto boas, apesar de, no fim de semana, ter ficado aquém do que esperava”, comentou o jogador do Quinta do Peru Golf & Country Club, referindo-se ao facto de ter chegado a figurar no 37º lugar aos 36 buracos, para terminar 20 lugares atrás aos 72 buracos. 

Mas, uma vez mais, o balanço é largamente positivo, tal como foi relevante a presença do seu pai, José Luís, o popular “Ginja”, que assistiu ‘in loco’ ao renascimento do filho: "Saio daqui satisfeito, sobretudo pelo modo como me senti em campo. Há já muito tempo que não tinha controlo sobre o meu jogo, senti que voltei a tê-lo, e isso é o mais importante." 

“Figgy” não foi o único português a competir em La Gomera. João Carlota também arrancou uma volta de 67 (-4) no segundo dia, mas o agregado de 3 abaixo do Par foi insuficiente para seguir em frente, falhando o cut por 3 pancadas. 

O 8.º Fred Olsen de España foi conquistado pelo francês Adrien Saddier, com 260 (61+65+71+63), -24. Foi o primeiro título da carreira no Challenge Tour do francês de 25 anos, a mesma idade de Pedro Figueiredo.