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“Americanos” reforçam FPG na Ryder Cup à portuguesa
16/12/2017 19:23 HUGO RIBEIRO
Francisco Oliveira, estrela dos Skyhawks, durante a edição de 2016 © JOÂO COUTINHO

Selecções de nacionais de amadores e profissionais defrontam-se na 6.ª Taça Manuel Agrellos

Há alguns anos que a seleção nacional da Federação Portuguesa de Golfe não se apresentava tão forte na Taça Manuel Agrellos. Apesar da enorme juventude, a equipa de amadores, não sendo a favorita, tem legítimas aspirações a pensar num eventual terceiro título, depois dos averbados em 2012 e 2013. Desde então, a seleção nacional da PGA de Portugal somou três triunfos seguidos. 

A 6ª edição da Taça Manuel Agrellos, conhecida pela designação mais popular de Ryder Cup à portuguesa, disputa-se nos dias 18 e 19 (segunda e terça-feira), como de costume, no Montado Hotel & Golf Resort, em Palmela, estando o dia de amanhã (Domingo) reservado a um seleto Pro-Am. 

O único grande ausente da seleção da FPG é Tomás Melo Gouveia, o dominador do calendário Amador de 2017, vencendo dois Majors nacionais, o Campeonato Nacional Amador Peugeot e a Taça FPG/BPI, terminando, naturalmente, como o n.º 1 do Ranking Nacional BPI, ou seja, como o melhor Amador português do ano. 

Simplesmente, o irmão mais novo de Ricardo Melo Gouveia tornou-se, entretanto, profissional e até já tem competido nas últimas semanas no Portugal Pro Golf Tour, pelo que deixou de ser elegível para a formação de amadores. 

Mesmo assim, a equipa liderada pelo selecionador nacional Nélson Ribeiro e pelo seu adjunto Hugo Pinto apresenta-se na máxima força. "Temos os três primeiros do ranking mundial amador, que estão a estudar no estrangeiro, e os sete primeiros do Ranking Nacional BPI", explicou Nélson Ribeiro. 

A saber: Francisco Oliveira, Afonso Girão, João Girão, Pedro Lencart, Vítor Lopes, João Maria Pontes, Gonçalo Teodoro, Vasco Alves, Daniel Rodrigues e Pedro Clare Neves. 

O destaque vai para a oportunidade cada vez mais rara de ver jogar em Portugal Francisco Oliveira, Afonso Girão e João Girão, que estudam e competem em universidades norte-americanas, com resultados bem positivos. 

Nenhum deles é estreante na prova, mas regressam com outro “calo competitivo”, mais maduros e capazes de bater o pé aos profissionais. 

O mesmo passa-se com Pedro Lencart, quase a seguir os passos dos seus companheiros de equipa, nos Estados Unidos. É certo que o ex-campeão nacional amador tem apenas 17 anos, mas ostenta uma rodagem internacional digno dos melhores profissionais portugueses e este ano tornou-se apenas no segundo português a vencer o British Boys, um dos majors mundiais de sub-18, repetindo o sucesso de Pedro Figueiredo. 

O outro “peso-pesado” da seleção da FPG é Vítor Lopes, o melhor Amador português em 2015, muito habituado a competir entre profissionais, no PGA Portugal Tour, no Portugal Pro Golf Tour e até mesmo no Portugal Masters do European Tour. Para mais, é um “craque” em match play, a modalidade da competição. 

Os restantes membros da equipa – João Maria Pontes, Gonçalo Teodoro, Vasco Alves, Daniel Rodrigues e Pedro Clare Neves – integram ainda os escalões juvenis de sub-16 e de sub-18. Para eles a experiência que retiram deste confronto direto com os “pros” é inestimável. 

"É uma equipa muito jovem, dado que, relativamente à edição do ano passado, alguns jogadores que tinham participado abraçaram o profissionalismo e existe uma regeneração natural da equipa", considerou Nélson Ribeiro. 

"Existem dois objetivos intrínsecos a esta participação: Os mais novos podem jogar com e contra os seus ídolos nacionais e todos os jogadores podem, assim, medir o seu desempenho comparativamente com o nível do profissionalismo", acrescentou o selecionador nacional da FPG.