Estatísticas relativas ao desempenho dos jogadores no European Tour 2016
Se falar com muitos adeptos do golfe eles vão dizer que os jogadores profissionais batem a bola a 300 metros, acertam sempre no green e que saem facilmente de qualquer bunker.
Mas a verdade é que todos os golfistas profissionais têm os seus pontos fortes e pontos fracos. Aqui mostramos as médias de todos os golfistas do European Tour ao longo da época de 2016.
Henrik Stenson / © Getty Images
Resultado por volta: 71,85:
No que toca ao golfe profissional o resultado é na verdade a única estatística que interessa. Uma boa média de pancadas é sinal de que no geral o jogo está a funcionar. Em 2016 o resultado médio por volta entre os jogadores do European Tour foi de 71,85. O vencedor da Race to Dubai, Henrik Stenson, liderou neste departamento com uma média de 69,14 juntando-se assim a Francesco Molinari, Rory McIlroy e Turrel Hatton como os únicos jogadores com uma média inferior a 70 pancadas na época de 2016. No total foram 128 os jogadores com uma média inferior a 72.
Dean Burmester / © Getty Images
Distância do drive: 263,35 metros:
A distância do drive é provavelmente a estatística mais discutida no golfe profissional. Todos os golfistas querem acrescentar mais distância à sua pancada de saída e os jogadores do Tour não são diferentes. No entanto, um jogador do European Tour em média bate a bola, não a 300 metros, mas a pouco mais que 260 metros. Na verdade, em 2016 apenas 14 jogadores conseguiram ter uma média superior a 270 metros – quase metade em relação aos 27 que o conseguiram em 2015. O sul-africano Dean Burmester liderou este departamento com uma média de 288,58 metros. O jogador com uma média mais baixa foi Siddikur Rahman com 237,84 metros, mas isso não impediu o golfista do Bangladesh de, em Maio, terminar o AfrAsia Bank Mauritius Open na segunda posição.
Francesco Molinari / © Getty Images
Fairways in regulation: 58,2%
Em média, falhar o fairway num buraco no European Tour custa entre 0,3 e 0,4 pancadas. O que, somado ao fim de 72 buracos, dá para ter uma ideia da importância de manter a bola fora do rough. Apesar disso os jogadores do Tour acertam no fairway menos de 60% das vezes. E em 2016 apenas Henrik Stenson e Francesco Molinari acertaram no fairway mais do que 3 em cada 4 tentativas. Terminaram a época ocupando, respetivamente, o primeiro e segundo lugar na média de resultado por volta.
Greens in regulation: 66,9%
Uma vez chegado ao fairway o objectivo passa a ser o green e na época de 2016 os jogadores do European Tour fizeram-no com uma taxa de sucesso de 66,94%. O que se traduz em 12 greens por cada volta de 18. Pela segunda vez em três anos o sul-africano Thomas Aiken lidera esta estatística, chegando à zona de putt 79,2% das vezes – ou seja com uma média superior a 14 greens por volta. Apenas sete jogadores (Aiken, Stenson, McIlroy, Garciaa, Cabrera Bello, Wiesberger e Herbert) terminaram o ano com uma média superior a 75%.
Siddikur Rahman / © Asian Tour
Scrambling (Taxa de recuperação): 53%:
Ainda que os jogadores no Tour acertem mais do que falham na abordagem aos green, a capacidade de salvar o par quando falham é crucial. O scrambling é basicamente a taxa de sucesso de um jogador em fazer par ou melhor após ter falhado o shot ao green. Em 2016 o sucesso dos jogadores neste capítulo foi apenas ligeiramente superior ao insucesso. Ao longo da época Siddikur Rahman foi quem teve a melhor performance no scrambling, salvando o par 117 vezes num total de 165 abordagens falhadas ao green, o que se traduz numa percentagem de 70,9%. Apenas 22 jogadores obtiveram uma percentagem de sucesso superior a 60%.
Alejandro Cañizares / © Getty Images
Recuperação a partir do bunker: 53,6%
Uma das áreas onde os golfistas amadores têm mais dificuldades em comparação com os profissionais é jogar a partir do bunker. Surpreendentemente em 2016, após falhar o green, os jogadores do European Tour salvaram mais vezes o par jogando do bunker do que jogando de outras zonas. O espanhol Alejandro Cañizares surge destacado na liderança desta estatística com a incrível média de 82,9%, saindo do bunker com sucesso 58 vezes num total de 70 tentativas.
Francesco Molinari / © Getty Images
Putts por volta: 29,7
Diz o ditado “o drive dá espetáculo, o putt dá dinheiro” e isso não podia ser mais verdadeiro no que diz respeito ao golfe profissional. Raramente se vê um jogador a vencer uma prova estando fora do top-10 de número de putts por green ou número de putts por volta. As médias dessas duas vertentes na época de 2016 no European Tour foram respetivamente 1,789 e 29,7. O italiano Francesco Molinari acabou o ano na liderança no que se refere a birdies sendo o único jogador com uma taxa de putts por green inferior a 1,7 (1,686).