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Em condições brutais Shane Lowry foi um campeão brutal
21/07/2019 19:22 GOLFTATTOO
Shane Lowry com o troféu do Claret Jug e com o seu pai, Brendan, uma antiga estrela do futebol gaélico irlandês © Redes Sociais do PGA Tour

Irlandês a jogar em “casa” esteve claramente acima da concorrência no British Open

“Como se supera uma vitória enquanto amador no próprio Open nacional?, pergunta o site do European Tour. Resposta: “No caso de Shane Lowry, ganhando o 148.º Open Championship defronte de uma enchente recorde em Royal Portrush.” 

E sublinha-se que de pouco importou que ele seja de Offaly, na República da Irlanda, e não da Irlanda do Norte, onde se localiza o Royal Portrush Golf Club, no Condado de Atrim. 

Porque, na prática, ele é o quinto irlandês a vencer o mais antigo dos quatro majors, o British Open, que está para o golfe como Wimbledon está para o ténis. Antecederam-no Fred Daly, Padraig Harrington, Darren Clarke e Rory McIlroy, todos da Irlanda do Norte. 

"Esses são daqui. Eu cresci a quatro horas de distância”, reconheceu Lowry no sábado, após sua impressionante terceira volta de 63 pancadas, 8 abaixo do Par 71. 

Não podia ter sido um vencedor mais incontestado, esteve alguns patamares acima de toda a concorrência: segundo classificado isolado aos 18 buracos, com 67 (-4) a abrir, a um shot do norte-americano J.B. Holmes; novo 67 na segunda volta, para se juntar a Holmes na frente aos 36 buracos; com aquele 63 na terceira jornada, descolou e, com um total de -16, partiu para a última volta com quatro shots de vantagem sobre o inglês Tommy Fleetwood e com seis sobre o terceiro, Holmes. 

O que aconteceu hoje é que Lowry foi novamente superior. Debaixo de condições climatéricas brutalmente adversas, com vento e chuva, e com setup do campo mais exigente, o irlandês de 32 anos, actual 33.º no ranking mundial (vai dar um salto grande na actualização semanal da tabela), finalizou com um 72 (+1) que foi o melhor score entre os que estavam na corrida. 

Fleetwood marcou 74. Holmes, imagine-se, marcou 87 caindo 67 posições para o lote dos antepenúltimos entre os 72 jogadores que passaram o cut. Brooks Koepka e Justin Rose, que partilhavam o 4.º lugar para a última volta, fizeram 74 e 79, respectivamente. O melhor de domingo foi mesmo aquele que era o campeão em título, o italiano Francesco Molinari, com 66 (-5), e que terminou assim, graças a uma subida de 43 lugares, nos 11.ºs. 

Enfim, Shane Lowry, com um total agregado de 269 (-15), acabou por ampliar a vantagem final para seis pancadas sobre Fleetwood (275, -9), que foi o vice-campeão. O 71 do norte-americano Tony Finau a fechar proporcionou-lhe o 3.º lugar isolado, com 277 (-7). O inglês Lee Westwood e Koepka, que é o n.º 1 mundial, partilharam o quarto posto com 278 (-6). 

O primeiro triunfo de Lowry em provas profissionais foi ainda como amador, e logo no Open da Irlanda, em 2009. Tornou-se profissional logo de seguida e, antes do triunfo no British Open, tinha vencido o Portugal Masters (2012) e o Bridgestone Invitational, dos World Golf Championship. Não há dúvida de que está fadado para os grandes eventos.