
Muitos nomes sonantes desiludiram no primeiro dia do Open dos EUA; não o n.º 9 mundial
Rickie Fowler começou da melhor forma o 117.º Open dos EUA, com um resultado de 65 pancadas, 7 abaixo do par-72 no campo de Erin Hills, no Wisconsin, que lhe deu o comando isolado aos 18 buracos. Esta marca iguala a da melhor primeira volta no longo historial do torneio – Jack Nicklaus e Tom Weiskopf fizeram 63 em 1980, 7 abaixo do par-70 em Baltusrol.
O inglês Paul Casey e o norte-americano Xander Schauffele, que jogaram da parte da tarde, estão no segundo lugar, ambos com 66. Outro inglês, Tommy Fleetwood, está um degrau abaixo, com 66, empatado com os americanos Brian Harman e Brooks Koepka.
Actual n.º 9 no ranking mundial, Fowler começou do buraco 10 e tirou partido da condições climatéricas benignas da manhã, fazendo birdies nos buracos 11 e 12 e outro no 14, para chegar a -3. Na viragem, marcou mais três seguidos, nos 18, 1 e 2, e mais um no 7. Não fez nenhum bogey.
“É sempre óptimo fazer parte de algum tipo de história no golfe, mas preferia ser lembrado por algo que fiz no domingo”, afirmou o jogador de 28 anos, natural de Murrieta, na Califórnia, e residente, como Tiger Woods, em Jupiter, Florida.
Será desta que alcança o seu primeiro título em majors? Já esteve perto: em 2014 terminou as quatro provas do Grand Slam sempre no top-5, incluindo os segundos lugares no Open dos EUA e no British Open; em 2015, venceu o quinto torneio na hierarquia mundial, o The Players Championship, e antes colocara-se a uma pancada da liderança aos 54 buracos do Masters.
Fowler joga as duas primeiras volta num grupo com o japonês Hideki Matsuyama e o espanhol Jon Rahm, respectivamente números 4 e 10 no ranking mundial. Estes, por contraste, desiludiram, com o nipónico a marcar 74 e Rahm 76. O cut provisório, para os 60 primeiros e empatados, fixou-se provisoriamente aos 18 buracos em 72 (par).
Não foram as únicas estrelas a baquearem. O n.º 1 mundial e detentor do título Dustin Johnson fez 75 e está nos 102.ºs. O n.º 2 mundial, o norte-irlandês Rory McIlroy, que tem a mesma idade de Fowler, assinalou 78 para se encontrar no grupo dos 143.ºs classificiados, entre 156 concorrentes. E o n.º 3 mundial, o australiano Jason Day, fez até pior: 79.
Outros top-10’s mundiais que não se deram bem foram os números 5 e 6, o norte-americano Jordan Spieth (campeão em 2015) e sueco Henrik Stenson, com 73 e 74, respectivamente. Os restantes, o espanhol Sergio Garcia (n.º 7), vencedor em Abril do primeiro major do ano, o Masters, e o sueco Alex Noren (n.º 8), fizeram 70 e 73, respectivamente.
Entretanto, Phil Mickelson, que hoje faz 47 anos, acabou mesmo por retirar a sua inscrição da prova. Sem querer faltar à cerimónia de graduação liceal da sua filha Amanda, na Califórnia, o norte-americano mantivera o seu nome no field na esperança de houvesse atraso no arranque da primeira volta, de maneira a ter tempo de viajar para Erin Hills. O que não aconteceu.
A Mickelson, falta-lhe apenas a vitória no Open dos EUA para se juntar ao restrito lote de jogadores que completaram o Grand Slam, ou seja, que venceram cada um dos quatro majors. Já foi segundo em seis ocasiões – 1999, 2002, 2004, 2006, 2009 e 2013.