Foi o melhor português no Penina Classic, o primeiro torneio do ano no Portugal Pro Golf Tour
Ontem e hoje, em duas voltas, o Penina Classic (€10 mil euros de prize-money) assinalou o início do terceiro swing do Portugal Pro Golf Tour, época 2017/2018. Foi o sétimo torneio da temporada, contou com 67 jogadores e deu esperanças de que se registasse a terceira vitória de um português, depois do êxitos de Pedro Figueiredo em Palmares e de Ricardo Santos nos Pinheiros Altos.
Tiago Cruz e João Carlota faziam parte do trio de líderes após a jornada inaugural, juntamente com o inglês James Maw, todos com 68 pancadas no par-73 do campo Sir Henry Cotton do Penina Hotel & Golf Resort, em Portimão. Mas enquanto o britânico tirou da cartola um 65 na segunda volta para vencer com 133 (-13), os dois portugueses foram-se abaixo.
Salvador Costa Macedo (director de golfe do Penina), James Maw com o cheque da vitória e Gary Harris (Portugal Pro Golf Tour) © D.R.
Carlota marcou 70 (-3) para terminar empatado em quarto com o galês David Boote (69-69), ambos com 138 (-8), a cinco shots do campeão. E Cruz – o jogador com mais vitórias neste circuito, nada menos do que oito – não foi além de um 75 (+3), caindo para o quarteto dos 16.º, com 143 (-3).
No primeiro dia estava vento e frio, no segundo estava de Verão e os resultados, inversamente aos dos portugueses, melhoraram: o inglês David Nixon fez a melhor marca torneio – 63 – sendo vice-campeão com 135 (-11), e o compatriota Jamie Abbott assinalou 66 para acabar em terceiro com 136 (-10). Outro português esteve em evidência: João Ramos foi 6.º classificado empatado, com 139 (70-69). E Tomás Silva ficou nos 10.ºs, com 140 (72-68).
João Carlota disse ao GolfTattoo que hoje jogou tão bem como ontem, excepto nos greens. Deu luta a James Maw quase até ao fim e houve um momento decisivo no buraco 14, um par-4 com 358 metros: separados por três pancadas com vantagem para o forasteiro, o português tinha aqui um putt de dois metros para birdie, ao passo que o inglês tinha um de seis metros para salvar o par. Aconteceu o menos esperado, com Carlota a falhar e Maw a concretizar. Acabou em grande estilo o britânico, com birdie-par-birdie-eagle; quanto ao português, concluiu com par-birdie-birdie-par.
“Estou sentir-me bem, a jogar bem e motivado, estou confiante que 2018 vai ser melhor”, afirmou ao GolfTattoo aquele que foi o melhor português no primeiro torneio do ano no Portugal Pro Golf Tour.
Quanto a Tiago Cruz, não só continua em branco no que a títulos diz respeito, como tem tido resultados aquém das épocas anteriores. “Todos os outros anos tenho feito bons scores e alcançado algumas vitórias, esta época estou a passar por uma fase que não está a correr bem, preciso de mais voltas como a de ontem para recuperar a confiança”, disse. “Nesta segunda volta, falhei alguns shots curtos, entre os 120 metros e os 140, e fiz três greens a três putts."