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Jon Rahm fez “milagre” para vencer Torneios dos Campeões
09/01/2023 12:56 Rodrigo Cordoeiro
Jon Rahm conquistou a sua oitava vitória no PGA Tour e a 17.ª como profissional © PGA Tour

Espanhol veio de trás para conquistar no Havai o primeiro torneio do ano no PGA Tour

Jon Rahm foi o primeiro vencedor do ano no PGA Tour. O espanhol de 28 anos conquistou esta madrugada (hora de Lisboa), no Havai, o Sentry Tournament of Champions, 10:º prova da época 2022-2023, reservada aos campeões no circuito no ano civil de 2022 e aos que terminaram nos 30 primeiros da FedEx Cup 2021-2022, num total de 39 jogadores que competiram no Plantation Course at Kapalua, no Havai. 

Foi uma vitória improvável, já que partira para a última volta empatado no quinto lugar lugar com o jovem sul-coreano Tom Kim, a nada menos do que sete pancadas do líder aos 54 buracos, o norte-americano Collin Morikawa. 

“Foi um dia um pouco louco, não vou mentir”, disse Rahm. Ele reconhecia de antemão que precisava de um “pequeno milagre” para chegar ao primeiro lugar final; e, depois de perdido uma pancada logo a abrir, com um bogey no buraco 1, ficara ciente de que precisava de um “milagre ainda maior”. 

Morikawa partiu para a quarta e última volta com seis shots de vantagem sobre os compatriotas Scottie Scheffler e J.J. Spaun e o inglês Matt Fitzpatrick, um trio empatado no segundo lugar. Mas seria o espanhol, vice-campeão em 2018 e 2022, a arrecadar o troféu e o prémio para o vencedor, no valor de 2,7 milhões de dólares. 

Rahm fechou com o resultado de 63 (-10) pancadas (com 9 birdies, um 1 eagle e aquele bogey no 1) para um total de 265 (-27), o que lhe deu uma vantagem final de dois shots sobre Morikawa, que não foi além de um 72 (-1) a fechar, a contrastar com os seus scores prévios de 64-66-65. 

Os norte-americanos Tom Hoge e Max Homa partilharam o terceiro lugar com 269 (-23), seguidos de J.J. Spaun e Tom Kim, ambos com 270 (-22). 

Foi com que uma redenção para o espanhol, que o ano passado terminou esta prova com -33 estabelecendo um novo recorde no PGA Tour em quatro voltas, superado instantes depois pelo australiano Cameron Smith, que venceria com -34. 

Para Rahm esta foi a sua oitava vitória no PGA Tour e a 17.ª na sua carreira como profissional. E a terceira nos últimos quatro torneios que jogou, sendo que as outras duas foram em Novembro, no DP World Tour (Open de Espanha e DP World Tour Championship, no Dubai). 

Com este triunfo no Sentry Tournament of Champions – que contou com 17 dos 20 primeiros do ranking mundial –, Rahm subiu de 5.º para 4.º no ranking mundial, tabela que já liderou no passado durante 43 semanas. 

“Se não tivessem mudado os pontos do Ranking Mundial, eu estaria agora bem perto [do n.º 1]”, disse Rahm. “Neste momento estou a pensar se vou passar Patrick Cantlay [o ex-n.º 4, que entretanto caiu para n.º 5]. Porque, desde os play-offs, tenho ficado sempre, pelo menos, entre os sete primeiros. Já ganhei três vezes e nem perto dele estou. Por isso, estou a tentar perceber o que está a acontecer. Mas, na minha opinião, sinto que desde Agosto sou o melhor jogador do mundo e acho que muitos de nós deveríamos sentir-nos muitas vezes como os melhores.” 

Para Collin Morikawa, o seu colapso competitivo coloca-o do lado errado da história: tornou-se o nono jogador a desperdiçar uma vantagem de seis pancadas ou mais na liderança para a última volta de uma prova do PGA Tour. O mais recente tinha sido Scottie Scheffler, em Setembro, no Tour Championship, ganho pelo norte-irlandês Rory McIlroy, o presente n.º 1 mundial.