Ao fim de quatro voltas apenas o espanhol Nacho Elvira fez melhor do que o português
À partida para a quarta e última volta do Challenge de Madrid, estava tudo em aberto, mas acabou por nunca haver dúvidas quanto ao vencedor: o espanhol Nacho Elvira, que partira na frente empatado com o irlandês Rhuadri McGee, com o português Ricardo Melo Gouveia em terceiro a dois shots de distância, nunca deu hipóteses à concorrência, fazendo 3 birdies e 1 albatroz nos primeiros 7 buracos de jogo.
A partir daqui, assistiu-se a uma luta pelo segundo lugar e, neste particular, Melo Gouveia saiu vencedor: numa volta atípica, em que fez muitos birdies (8) e dois deles nos 17 e 18, mas também bogeys (5), fechou com resultado final de 69 pancadas (-3), para partilhar o título de vice-campeão com McGee, a quatro shots de Elvira, que, depois daquele arranque estrondoso, e de ter feito ainda outro birdie no 11, perdeu todo o gás, assinalando 4 pares e 2 bogeys até ao fim, mas nem por isso tendo deixado de vencer de forma folgada.
“Foi muito positivo, porque não me sentia confortável com o meu jogo no início da semana”, disse Melo Gouveia ao Golftattoo. “No primeiro dia, fiz o meu melhor resultado [66] sem bater muito bem na bola, mas os putts entraram. Depois, dia após dia, o meu jogo foi melhorando, embora os resultados não o reflectissem. Esta última volta foi de altos e baixos, falhei alguns shots que não devia ter falhado e por vezes deixei a bola mal posicionada nas saídas, mas estou contente por ter acabado bem. Estou contente com este início de época, foi importante porque me retira alguma pressão e serve de rampa lançamento.”
Melo Gouveia embolsou um prémio 14.400 euros e com isso subiu para o 5.º lugar no ranking do Challenge Tour 2015, com duas provas no circuito realizadas até ao momento e um total de 18.200 euros acumulados, contando com o 12.º lugar no Barclays Kenya Open, em Nairobi. Os 15 primeiros naquela tabela no final da época são automaticamente promovidos ao European Tour, pelo que este é um início de temporada prometedor, sobretudo sabendo-se do que ele é capaz.
Em Outubro de 2014, menos de quatro meses depois de ter passado a profissional, aquele que é hoje o melhor português no ranking mundial (429.º) venceu pela primeira vez no Challenge Tour, por ocasião do EMC Golf Challenge, em Roma. No penúltimo torneio da época, o National Bank of Oman Golf Classic, a 2 de Novembro, ficou a uma pancada de conseguir uma vaga no torneio de encerramento no Dubai, para os 45 primeiros classificados no ranking. E concluiu desta forma a temporada no 47.º lugar desta tabela.
Nacho Elvira conseguiu o seu albatroz no segundo shot no 4 (par-5, 533 metros), metendo a bola a 202 metros de distância, com um ferro 5. Totalizou 267 pancadas (66-68-66-67), 21 abaixo do par-72, contra as 271 de Melo Gouveia (66-68-68-69) e de Ruaidhri McGee (65-67-68-71). O inglês Chris Hanson foi quarto com 272 (68-69-65) e quanto aos restantes portugueses terminaram com nota baixa: Filipe Lima ficou entre os 41.ºs, com 282 (73-67-67-75), 6 abaixo do par; e Pedro Figueiredo nos 49.ºs, com 283 (69-67-73-74).
