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“Não é o dinheiro, é o prestígio e a confiança”
21/10/2015 15:44 RODRIGO CORDOEIRO
Melo Gouveia hoje em conferência de imprensa com rival Sebastien Gros / © Richard Castka

Ricardo Melo Gouveia reafirma na China ambição de ser n.º 1 no Challenge Tour 2015

O Challenge Tour introduziu este ano a Road to Oman, da mesma maneira que a Race to Dubai está para o European Tour. Isto porque todos os caminhos vão dar a Omã, o Sultanato onde, de 4 a 7 de Novembro, se joga o torneio de encerramento do circuito, o NBO Golf Classic Grand Final, ali se definindo a posição final dos jogadores no respectivo ranking, com o primeiro classificado nesta tabela a receber um prémio adicional de 30.000 euros, de um bónus total de €60.000 a distribuir pelos três primeiros. 

Na segunda posição na Road to Oman quando faltam disputar apenas dois torneios, só atrás do francês Sebastien Gros, Ricardo Melo Gouveia está assim bem colocado para ser um dos contemplados, mas hoje, em conferência de imprensa de antevisão do The Foshan Open, que se joga entre amanhã e domingo no sul da China, o português de 24 anos recusa que seja o dinheiro que o move, ele que já facturou 131.406 euros em prémios em 2015 só no Challenge Tour. 

“Não é sobre o bónus pool. Quero apenas terminar em número um. Esse passou a ser o meu objectivo depois da vitória na Alemanha [a 5 de Julho], do segundo lugar na Eslováquia e de ter garantido o cartão do European Tour. Tem a ver com o prestígio e é também um dínamo de confiança”, explicou. 

“Melinho” começa a jogar amanhã no The Foshan Open, prova dotada com €500.000 de prize-money (€440.000) que vai decorrer no Foshan Golf Club, província de Guangdong, perto de Hong Kong e Macau. Inicia a sua prestação pelas 12h locais (5h da madrugada em Lisboa), do buraco 1, num grupo com o francês Thomas Linard e o amador chinês Tian Lang Guan. 

E fá-lo quatro dias depois de ter sido 31.º no Portugal Masters do European Tour, numa semana em que jogou os dois primeiros dias com o histórico Darren Clarke, actual capitão da selecção europeia na Ryder Cup. 

“Foi uma óptima semana, tive muito apoio”, afirmou. “Não joguei o meu melhor mas foi bom terminar com uma boa volta, com birdies nos dois últimos buracos, e estou agora ansioso pelos dois últimos torneios no Challenge Tour. “O Darren estava focado no seu jogo e eu no meu, pelo que não falei muito com ele, mas é sempre bom jogar com jogadores de alto nível, experientes. Tens de ver o que eles fazem para aprenderes.” 

Sobre o Foshan Open, uma prova em que foi 12.º classificado em 2014, afirmou que é um “grande torneio”, num “bom campo”, e que as “multidões são óptimas”. “Eu gosto de grandes multidões”, refere. “Foi uma boa experiência a última semana, com todo o apoio local, e ter jogado os dois primeiros dias com o Darren Clarke também foi uma grande ajuda. Espero igualmente muitos espectadores para esta semana na China.” 

No final do The Foshan Open, os 45 primeiros na Road to Oman apuram-se para o NBO Golf Classic Grand Final (€375.000), e no final deste torneio último torneio os 15 primeiros garantem o cartão para o European Tour 2015. Felizmente, esta já não é uma guerra de Ricardo Melo Gouveia, mas é-o para outro português, Filipe Lima, que também estará a competir na China e ocupa actualmente a 51.ª posição na Road to Oman.