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Norte-americano Matt Oshrine vence Open de Portugal em Royal Óbidos
16/09/2024 03:00 Hugo Ribeiro
Matt Oshrine embolsou 43.200 euros e subiu para 37.º no ranking do Challenge Tour © Rodrigo Gatinho

Tomás Melo Gouveia foi décimo classificado nesta prova do Challenge Tour dotada com €270.000

Tomás Melo Gouveia alcançou neste domingo um top-10 no Open de Portugal em Royal Óbidos, num dia em que Matt Oshrine tornou-se no segundo norte-americano a vencer o torneio e no primeiro desde que a prova passou a integrar o Challenge Tour, a segunda divisão do golfe profissional europeu. 

O jogador que no sábado tinha celebrado o seu 29.º aniversário, triunfou na 62.ª edição do mais importante torneio da Federação Portuguesa de Golfe, dotado de prémios monetários no valor de 270 mil euros, com o resultado final de 273 pancadas, 11 abaixo do Par, após voltas de 70, 65, 69 e 69. 

Foi o seu primeiro título internacional e bateu pela margem mínima, ou seja, por 1 pancada, o italiano Stefano Mazzoli, que assinou cartões de 72, 64, 67 e 71. O norte-americano embolsou 43.200 euros, enquanto o transalpino ficou com 29.700. 

Oshrine somou 320 pontos para a Corrida para Maiorca, o ranking do Challenge Tour, e saltou 128 lugares para 37.º, virando a sua carreira do avesso. De uma assentada, passou a ser membro do Challenge Tour (ele, que só tinha jogado em Óbidos graças a um convite da organização), ficou isento da primeira fase da Escola de Qualificação do DP World Tour (a primeira divisão europeia) e está praticamente apurado para a Rolex Challenge Tour Grand Final supported by the R&A, o evento final reservado ao top-45. 

Num domingo em que se terminou a terceira volta e jogou-se toda a quarta e última ronda, Tomás Melo Gouveia brilhou e assegurou praticamente que irá estar entre o top-70 que irá participar nos dois torneios de outubro, na China, de onde sairão os 45 primeiros com acesso à Final do Challenge Tour em Espanha. 

O português de 30 anos terminou no 10.º lugar (entre 155 jogadores que disputaram a primeira volta), empatado com outros quatro atletas, com 277 pancadas, 7 abaixo do Par. Recebeu 5.184 euros e 38,4 pontos, que permitiram-lhe melhorar para o 65.º posto no ranking do Challenge Tour. 

Durante grande parte do dia sonhou-se com uma eventual primeira vitória portuguesa no Open de Portugal e o mais novo dos irmãos Melo Gouveia chegou a andar no 2.º lugar, com 5 birdies nos primeiros 13 buracos. 

Um mau ‘shot’ no buraco 14 e o azar de ter ido parar à água no 15 resultaram em 3 pancadas perdidas em dois buracos e no afastamento da luta por um primeiro título no Challenge Tour. 

Mesmo assim, para quem nunca tinha passado o cut no Open de Portugal, com sete tentativas falhadas anteriormente, ver-se na luta pelo título a nove buracos do fim da prova, é um progresso notável, levando Pedro Figueiredo, a estrela portuguesa do DP World Tour, a manifestar-se "impressionado pela consistência do ‘Tomazinho’, que provou ter condições para ser um dos melhores jogadores do Challenge Tour". 

O 10.º lugar de Tomás Melo Gouveia foi o seu 5.º top-10 de carreira no Challenge Tour. 

“Figgy” ficou no 33.º lugar empatado, com 281 pancadas, 3 abaixo do Par, após voltas de 73, 69, 69 e 70.

Os outros dois portugueses que passaram o cut ficaram mais no fundo da tabela, Ricardo Santos em 61.º (+3) e Hugo Camelo em 73.º (+12). Santos ainda esteve inspirado com 5 abaixo do par nos primeiros nove buracos de hoje, enquanto Camelo saiu com a satisfação de ter passado o cut nas suas duas participações na prova. 

O 62.º Open de Portugal at Royal Óbidos fechou com a cerimónia de entrega de prémios realizada junto ao green do buraco 18, com as presenças de Filipe Daniel, presidente da Câmara Municipal de Óbidos; Konstantin Ranchiskyi, administrador do Royal Óbidos Spa & Golf Resort; Miguel Franco de Sousa, presidente da Federação Portuguesa de Golfe; Rui Morris, presidente da PGA de Portugal; e Ben Grautage, diretor de torneios do Challenge Tour. 

Konstantin Ranchiskyi e Miguel Franco de Sousa, em declarações aos media nacionais, manifestaram o seu desagrado pelo desinvestimento público na prova e salientaram a necessidade de Portugal manter pelo menos um grande evento internacional nos circuitos mais importantes do golfe mundial.