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Pedro Figueiredo forte para fase final do Open de Portugal
16/09/2022 20:13 Rodrigo Cordoeiro
Pedro Figueiredo com o seu caddie Filipe Salazar de Sousa Jr. (do clube comum da Quinta do Peru) durante a volta de hoje © Rodrigo Gatinho

Profissional português em destaque no segundo dia no palco de Royal Óbidos, entre os candidatos para o fim-de-semana

Nevoeiro matinal provocou hoje um atraso de 2h40 nas saídas da segunda volta do 60.º Open de Portugal em Royal Óbidos, impedindo que esta se concluísse. Era para ter começado às 7h50 e só arrancou às 10h30. As últimas partidas, em simultâneo dos tees dos buracos 1 e 10, foram só às 17h26. Os que ainda estavam em campo por ocasião da suspensão da mesma, ao anoitecer, que eram cerca de metade do field de 144 jogadores, vão terminá-la no sábado de manhã, para logo de seguida se avançar com a terceira volta. 

Mas, independentemente do desfecho do Open na conclusão da sua primeira metade, aos 36 buracos, é já certo que o português Pedro Figueiredo entra no fim-de-semana entre os candidatos à vitória nesta prova do Challenge Tour dotada com €250.000 de prémios, a decorrer até domingo no campo de Par 72 do Royal Óbidos Spa & Golf Resort, na região do Oeste. 

Tendo partido do buraco 1, "Figgy" chegou mesmo a liderar nesta sexta-feira ao fazer 5 abaixo do Par nos primeiros 13 buracos para atingir as -7 no agregado, com birdies nos buracos 4, 5, 7, 11 e 12. Mas, quando vinha a derreter a pista, surgiu um drástico arrefecimento: dois duplos bogeys consecutivos, no 14 (Par 4) e no 15 (Par 3). Mas recompôs-se nos últimos três buracos com par-par-birdie. Isto para uma segunda volta de 70 que iguala a de ontem, para um total de 140 (-4) e um lugar entre os 11.ºs. 

Apenas três pancadas o separam da dupla de líderes, composta pelo galês Stuart Manley (72-65) e o inglês Nathan Kimsey (69-68), ambos com 137 (-7). Estes têm a vantagem mínima sobre o sueco Jesper Svensson e o francês Jeong weon Ko, o primeiro já com as duas voltas concluídas, scores de 70-68 para 138 (-6), o segundo com iguais -6 numa altura em que seguia com -5 para a volta com 14 buracos jogados antes de interrupção; Ko tinha feito 71 (-1) na jornada inaugural. 

O amador Hugo Camelo Ferreira, de  19 anos, do Club de Golfe de Miramar, aqui em representação da selecção nacional, por convocatória da Federação Portuguesa de Golfe, tinha sido o melhor dos nove portugueses, quinta-feira, na primeira volta: com 69 (-3), integrava o grupo dos quartos e estava a somente duas pancadas do líder inglês Todd Clements, que marcara 67 (-5). 

Hoje, Hugo Camelo (como hoje ele disse que prefere que seja designado, em detrimento do Ferreira), fez 73 (+1) e, com um total de 142 (-2), desceu para os 29.ºs provisórios. Mas tem já garantida a passagem do cut, que será final no final da segunda, e que para já se fixa em 144 (Par), o que o torna o primeiro amador a passar o cut no Open desde que este, em 2020, passou a ter Royal Óbidos como anfitrião. 

Royal Óbidos e a Federação acabam de assinar a renovação para os próximos três anos (2023-2025).

Tomás Bessa é o terceiro português dentro do cut provisório, nos 40.ºs. Depois de ter marcado 71 (-1) na quinta-feira, Bessa seguia ao nível do Par para o dia quando a ronda foi suspensa, mantendo as -1. 

O cut será feito no final da segunda volta, para os 65 primeiros e empatados. E coloca para já 72 jogadores.

Sobre o seu desempenho, Pedro Figueiredo – que já venceu uma prova de Challenge Tour, o KPMG Trophy de 2018, na Bélgica – afirmou: “Tive ali dois buracos muito penalizantes, no 14 e no 15, onde falhei dois shots… são dois buracos difíceis, com água à volta do green. Não cheguei a ir para a água, mas meti-me em condições difíceis e tanto num como noutro fiz duplo, foram 4 pancadas, custou-me bastante, mas fiquei orgulhoso da maneira como conseguir recuperar nos últimos 3 e acabar com birdie aqui no 18.” 

E o que esperar do fim-de-semana? “Estou confiante. Mesmo nos dois duplos que fiz, foram dois shots que falhei, mas acho que isso pode acontecer. O resto do jogo foi muito consistente e, como eu tenho dito, sinto-me confortável neste campo. Não há razão para que eu não tenha mais duas boas voltas e consiga fazer aqui um grande resultado.” 

O segundo amador da selecção nacional, Vasco Alves, do Oporto Golf Club, estava ontem dentro do cut com um primeiro resultado de 72 (Par), mas hoje marcou 74 (+2), e, com 146 (+2), já não tem hipóteses de seguir em frente.

Pedro Lencart seguia nos 102.ºs com +3; marcara 73 (+1) estava com +2 para a volta. 

Tomás Melo Gouveia está um degrau abaixo com +4, nos 109.ºs: 75 (+3) a abrir e +1 para a volta quando esta foi interrompida. Idem para Stephen Ferreira, mas este já com duas voltas feitas, com 71-77, ou seja, com 148 (+4). 

Vítor Lopes – que na edição passada ficou entre os sétimos classificados finais – já concluiu as duas voltas, com 78-71, 149 (+5); está nos 119.ªs. 

João Girão, como Vítor Lopes, a melhorar substancialmente em relação ao primeiro dia: 81 (+9), na quinta-feira, +2 para a volta interrompida.