No dia em que fez 30 anos consegue o seu melhor resultado de sempre no no principal circuito europeu de profissionais
Pedro Figueiredo obteve hoje o seu primeiro top-10 no European Tour – e logo no dia em que comemora 30 anos. O torneio em questão foi o Scandinavian Mixed hosted by Henrik & Annika, um inédito torneio misto que decorreu entre quinta-feira e domingo no Vallda Golf Club, em Gotemburgo, Suécia.
Num campo de par 72, “Figgy” concluiu a última volta com 69 (-3) pancadas descolando dos 18.ºs classificados para os 10.ºs, com um total de 278 (68-68-73-69), 10 abaixo do Par. Partilhou tal posição com a alemã Olivia Cowen, o escocês David Drysdale e o sul-africano Haydn Porteous.
A fechar a prova na Suécia, ganha pelo norte-irlandês Jonathan Caldwell, o português fez nada menos do que 7 birdies, mas também 2 bogeys e um duplo bogey. No cômputo das duas primeiras voltas, tinha feito mais 9 birdies e 2 eagles. Na terceira, fez apenas 1 birdie – mas, no dia mais difícil, com muito vento, acabou por fazer nesse sábado uma volta muito consistentes, num cartão a que se acrescentaram 2 bogeys e o resto tudo pares.
Facturou um prémio de €16.200, subiu 23 lugares na Race to Dubai, para 171.º e relançou um ano que até aqui não lhe estava a correr de feição: nos 10 torneios anteriores, fizera apenas três cuts e registara como melhor marca, a 9 de Maio, o 40.º lugar no Canary Islands Championship.
“Foi um óptimo torneio, o meu primeiro top-10 no European Tour, joguei bastante desde o primeiro dia”, disse “Figgy” ao GolfTattoo. “O campo adaptava-se muito bem ao meu jogo, com fairways duros, vento, greens pequenos, características que são boas para mim. E eu joguei bem, joguei bem do tee, joguei bem o shot ao green, 'patei' bem, portanto, acho que tive um jogo completo esta semana. Tive um ou outro buraco, sobretudo o duplo de hoje, que acaba por me custar um bocado, mas isso faz parte do jogo, é difícil ter uma volta sem erros.”
Havia quatro líderes para a última volta do Scandinavian Mixed, a saber: a sueca Caroline Hedwall, a inglesa Alice Hewson, o galês Rhys Enoch e o australiano Jason Scrivener. Nenhum deles venceu.
Partindo três shots atrás deste quarteto, Jonathan Caldwell terminou com um birdie para uma volta de 64 (-10) – e ficou a aguardar, na condição de líder na clubhouse, a chegada dos restantes jogadores, com um total de 271 (-17).
O espanhol Adrian Otaegui teve hipóteses de ganhar, mas precisou de 3 putts no green do 18, naquele que foi o seu único bogey do dia, numa volta em que marcou 67. Sagrou-se vice-campeão, ficando a somente um shot do vencedor.
Numa semana em que o European Tour, sob os auspícios dos históricos golfistas suecos Henrik Stenson e Annika Sorentsam, fez história colocando em igualdade de circunstâncias 78 jogadoras e 78 jogadores (field de 156 participantes), Alice Hewson finalizou com 69 para ser terceira com 273 (-15), seguida do australiano Scott Hend (70) e do inglês James Morrison (70), ambos com 275 (-13).
Foi uma longa viagem, a de Caldwell, para chegar à sua primeira vitória no European Tour. A primeira vez que aqui chegou foi em 2008, vindo da Escola de Qualificação. Desde então, no entanto, jogou apenas mais 47 torneios no principal circuito europeu de profissionais.
Ele trabalhou numa loja de golfe local durante algum tempo, enquanto competia no EuroPro Tour (uma das terceiras divisões do golfe profissional europeu) – onde conquistou vitórias em 2016 e 2017 – e voltou ao European Tour através da Escola de Qualificação em 2019, após ter estado uma década afastado.
“É um sonho demasiado antigo mas que finalmente se concretiza”, disse o britânico, que fez 37 anos a 10 de Junho e hoje facturou um prémio de €145.160. “O meu clube de golfe provavelmente enlouqueceu, pelo que lhe deu ordem de bar aberto e siga a festa. Os meus pais estiveram comigo todo o caminho, pelo que estou ansioso para falar com eles esta noite.”
