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Rory McIlroy recomenda-se para Open dos EUA
14/06/2017 12:31 GOLFTATTOO
Rory McIlroy em busca do quinto major da sua ainda curta carreira / © GETTY IMAGES

Dustin Johnson defende título, Sergio Garcia procura segundo major do ano

É um Rory McIlroy em perfeitas condições físicas aquele que se apresenta para o 117.º Open dos EUA. Pelo menos foi o que ele garantiu na conferência de imprensa dada na terça-feira em Erin Hills, o complexo do estado do Wisconsin que entre quinta-feira e domingo recebe o segundo major do ano.

O norte-irlandês de 28 anos, atual n.º 2 mundial e vencedor do torneio em 2011 (um dos quatro majors que ostenta no seu currículo), tem tido uma época de contratempos, consequência da lesão numa costela que contraiu no Inverno enquanto testava equipamento e agravada em Janeiro quando em Janeiro perdeu um play-off para Graeme Storm no BMW SA Open, na África do Sul.

Esteve um mês e meio sem competir e quando regressou mostrou-se sólido sendo 7.º no WGC-Mexico Championship, 4.º no Arnold Palmer Invitational e 7.º no Masters de Augusta National. Há exactamente um mês, o reaparecimento da lesão por ocasião de um Players Championship em que foi 35.º empatado obrigou-o a nova paragem… até agora.

“Nenhumas limitações no meu swing”, disse. “Preparação inteligente; em vez de estar a bater cinco sacos de bolas, bato dois, qualquer coisa como isso. Não é que não consiga bater bolas, é apenas uma questão de gerir as repetições que coloco no trabalho.”

McIlroy acrescenta que esta é uma altura do ano em que não é preciso praticar tanto assim, que os jogadores querem é ir para o campo e jogar, e que sente que consegue descortinar mais coisas no campo de golfe do que no driving range. Além do mais, sublinha a vantagem que é para ele o entrar fresco nesta fase da época.

Muita da conversa deste Open tem girado em torno da (elevada) altura do rough, o famoso fescue que costuma ser visto nos típicos links do British Open, ao ponto de a USGA ter decidido na terça-feira dar-lhe um corte, mas Rory acredita que os fairways são suficientemente largos e não terá medo de utilizar o driver.

“Temos 60 jardas [55 metros] da linha esquerda à linha direita, temos 156 dos melhores jogadores do mundo, pelo que se não conseguires acertar dentro dessa avenida, mais vale fazeres as malas e ires para casa. Este são os fairways mais largos que alguma vez jogámos num Open dos EUA”, considerou.

O único homem que está a sua frente no ranking mundial, o norte-americano Dustin Johnson, de 32 anos, é aquele que defende o título em Erin Hills, um ano depois de ter vencido no Oakmant Country Club (Pensilvânia) com três pancadas de vantagem sobre um trio composto por Jim Furyk, Shane Lowry e Scott Piercy, mesmo com a penalidade de uma pancada na última volta pelo facto de a sua bola se ter mexido no buraco 5.

Este será o seu primeiro major do ano, já que falhou o Masters no início Abril depois de uma queda aparatosa na escadaria da sua casa arrendada em Augusta, em que caiu de forma contundente com a parte inferior das costas­. Estava nesta altura em grande forma tendo vencido inclusivamente os últimos três eventos que disputara.

Regressou aos relvados sensivelmente um mês depois, na primeira semana de Maio, acabando em segundo empatado no Wells Fargo Championship, e desde então jogou mais três torneios a um nível exibicional distante do que vinha fazendo antes do Masters , a ver: 12.º no Players Championship, 13.º no AT&T Byron Nelson e falhou o cut no Memorial Tournament.

Espera-o uma missão épica, já que o último jogador a revalidar o título foi o seu compatriota Curtis Strange em 1988-1989, e o mesmo se pode dizer da tarefa de Daniel Berger, que no passado domingo bisou no FedEx St. Jude Classic em Memphis, Tennessee – é que ninguém no pós Segunda Guerra Mundial ganhou uma prova do PGA Tour e o Open dos EUA em semanas consecutivas.

O australiano Jason Day, n.º 3 mundial, regista cinco top-10’s em seis participações no Open, e além de mais está em crescendo de forma, pelo que também é um jogador a ter em conta, tal como, naturalmente, os restantes elementos que compõem o actual top-10 mundial: o japonês Hideki Matsuyama (4.º), o norte-americanio Jordan Spieth (5.º), o sueco Henrik Stenson (6.º), o espanhol Sergio Garcia (7.º), o sueco Alex Noren (8.º), o norte-americano Rickie Fowler (9.º) e o espanhol Jon Rahm (10.º).

Jordan Spieth foi o campeão em 2015 em Chambers Bay (estado de Washington), Sergio Garcia procura ganhar o seu segundo major consecutivo depois do Masters e Jon Rahm encontra-se na elite um ano após ter sido o melhor amador na edição passada.

As partidas mais interessantes das duas primeiras voltas são aquelas que reúnem Dustin Johnson, Jordan Spieth and Martin Kaymer (campeão em 2014); Rickie Fowler, Hideki Matsuyama e Jon Rahm; Jason Day, Justin Rose e Rory McIlroy; e Bubba Watson, Sergio Garcia e Adam Scott. Um grande espectáculo em perspectiva, a não perder.