“Soube imediatamente que tinha um problema sério”, revelou o ex-presidente da PGA of America
Ted Bishop escolheu o Golf Channel para dar a sua primeira entrevista após ser afastado do cargo de presidente da PGA of America e nela justificou porque não merecia ser despedido.
“Criei esta confusão, a culpa é minha. Não penso que a pena se adequa ao crime mas é assim”, frisou Bishop no programa “Morning Drive”, onde foi entrevistado por Gary William.
Bishop mostrou-se arrependido, mas também magoado por esta polémica ter ofuscado o seu trabalho à frente da PGA, notoriamente, na defesa de direitos iguais para as mulheres no golfe. “Magoa porque está levar muitas coisas boas que fiz pelo cano”, explicou Bishop.
Tudo começou com um comentário publicado no twitter pouco antes de se encontrar com Nick Faldo, no Greenbrier (West Virginia), em que defendia o golfista das críticas de Ian Poulter. Só durante o jantar com Faldo, ao olhar para o telemóvel, é que Bishop se apercebeu das consequências, através das muitas mensagens de repúdio, uma das quais o acusava de ser sexista. Bishop bem apagou o post, mas a propagação através nas redes sociais foi mais rápida.
“Soube imediatamente que tinha um problema sério”, revelou Bishop. E imediatamente entrou em contacto com Julius Mason, Director de Comunicações PGA, que o aconselhou a não dar entrevistas. Em vez disso, propôs (e Bishop aprovou) um comunicado em que o presidente da PGA admitia ter feito um comentário inapropriado e que tinha logo apagado o post.
“Foi um erro enorme. Devia ter pedido desculpa imediatamente”, admite agora Bishop. O ex-presidente contou ainda que quando contactou a PGA of America para emitir um pedido de desculpa público, não teve resposta: “O silêncio foi ensurdecedor.”
Segundo o ex-presidente, foi-lhe sugerido no próprio dia que resignasse ao lugar, o que recusou por não ter tido a oportunidade de se defender. Mas a PGA of America acabaria por retirá-lo do cargo, um mês antes de o seu mandato terminar.
“Não foi uma questão de querer contornar a realidade ou de ser obstinado”, explicou Bishop, para quem uma penalização mais apropriada, era bani-lo das redes sociais.
Bishop revelou que o neto o questionou sobre se teria sido diferente se tivesse chamado outra coisa em vez de “Lil girl (menina)”. “A questão é que ultrapassei os meus limites. Não devia ter dito nada”, reconheceu Bishop.