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Um incrível Ian Poulter no Houston Open
02/04/2018 06:53 GOLFTATTOO
Ian Poulter com o troféu da sua 19:º vitória da carreira profissional © HOUSTON OPEN

Interrompe seis anos sem vitórias e conquista última vaga para Masters

Depois de uma semana cansativa no WGC-Dell Technologies Match Play, o inglês Ian Poulter, de 42 anos, voltou para casa em Orlando, Florida, e pesou as opções de jogar o Houston Open contra tirar uma semana de folga para descansar. “Preciso de folgas. Jogar muito golfe num curto período, e pressionado, é muito desgastante.”

Em última análise, Poulter tomou a decisão de jogar na passada terça-feira, porque sentiu que o seu jogo estava em tão boa forma que poderia competir no Golf Club of Houston. Uma decisão que se revelou ser a acertada, foi ali que viria a produzir uma das maiores vitórias de sua carreira profissional, seis anos depois do seu último título, no WGC-HSBC Champions.

Para vencer o Houston Open, Poulter teve de bater Beau Hossler, um rookie no PGA Tour de 23 anos, no primeiro buraco do play-off, depois concluírem as quatro voltas regulamentares empatados com 269 pancadas, 19 abaixo do par. Tinham partido para a última volta a partilhar a liderança – e assim se mantiveram ao assinarem um 67 (-5) a fechar.

O triplo bogey 7 de Hossler no primeiro buraco do desempate, jogado no buraco 18, foi de anti-clímax, mas não tirou o facto de que Poulter está de volta ao topo. “Tem sido um longo caminho nos últimos dois anos com lesões, questionando se tenho ou não o cartão PGA Tour – e obviamente, tendo depois alguma forma, mas sem conseguir acabar a missão”, disse Poulter, que soma agora 19 vitórias como profissional.

Esta vitória valeu-lhe a última vaga para o Masters de Augusta National, do qual tinha estado ausente em 2017, e uma subida de 59.º para 29.º no ranking mundial, além de um prémio de mais de 1,2 milhões de dólares.

Poulter não começou bem em Houston, no fim da primeira volta estava nos 123.º classificados, mas jogou seus últimos 60 buracos no Golf Club de Houston em 21 abaixo do par, fazendo apenas um único bogey, no que ele reconheceu ter sido um dos seus melhores jogos de golfe na sua carreira de 19 anos.

“Foi um trabalho árduo e é preciso muita força mental para poder fazê-lo”, afirmou Poulter. “Decepção entra em ação em algum momento. Mas sabem que mais? Às vezes é preciso escavar fundo. Quando queremos muito uma coisa, então temos de ir até o fundo e agarrar o que pudermos para voltar.” 

Jordan Spieth, n.º 4 mundial, o jogador mais cotado em Houston, encerrou com um 66 que lhe valeu o terceiro lugar empatado com o argentino Emiliano Grillo, com 272 (-16), a três shots dos primeiros. Spieth venceu o Masters em 2015 e foi segundo em 2014 e 2016. 

O homem que defendia o título, Russel Henley, finalizou com a melhor volta do dia, 65 pancadas, o que lhe deu um lugar entre os 8.º, no seu quinto top-10 consecutivo no torneio.