AcyMailing Module

19
> Home / Artigos
Algarve Open encerrou época da EDGA
06/12/2016 14:55 Hugo Ribeiro
tags: EDGA
A ação de formação envolveu a EDGA, a PGA da Europa, a FPG e a PGA de Portugal / © EDGA e ATA

Recorde de 66 participantes no circuito Associação Europeia de Golfe Adaptado

A 3.ª edição do Open do Algarve da Associação Europeia de Golfe Adaptado (EDGA) foi fustigada pelas más condições meteorológicas e forçou a organização a cancelar a segunda volta.

Foram, por isso, apenas homologados os resultados da volta inaugural deste evento, que conta com o apoio da Associação de Turismo do Algarve (ATA) e da Federação Portuguesa de Golfe (FPG), tendo-se realizado no Pestana Vila Sol.

Tal como no ano passado, o 3.º EDGA Algarve Open encerrou o calendário competitivo de 2016 da European Disabled Golf Association, presidida pelo antigo selecionador nacional, o inglês Tony Bennett, que tem na sua Comissão Executiva o português Miguel Franco de Sousa, também presidente da FPG.

José Pedro Sottomayor foi, uma vez mais, o porta-estandarte português e vai aos poucos tornando-se na grande estrela nacional do golfe adaptado, como se percebeu no último Portugal Masters, ao ser entrevistado por alguns canais de televisão.

O golfista de 52 anos jogou na categoria de cadeira de rodas e somou 14 pontos stableford, que lhe deram o 15.º lugar, empatado com o francês Georges Mecs, mas não gostou particularmente da sua exibição.

“Não fiquei nada satisfeito! Primeiro porque o torneio foi reduzido a um dia por via das más condições climatéricas. E a minha performance no primeiro e único dia foi péssima. Os putts não entraram, nem pedindo por favor. Para o ano há mais!”, lamentou-se, mas sempre com uma atitude positiva, ao Gabinete de Imprensa da FPG.

O torneio principal, disputado pelos craques da EDGA, foi ganho, pela segunda vez em três anos, pelo francês Charles-Henri Quélin, que já se tinha imposto em 2014 e que no ano passado não veio defender o título.

Charles-Henri Quélin jogou muito bem no primeiro dia, em 73 pancadas, 1 acima do Par, e abriu logo um fosso de 8 pancadas em relação ao 2.º classificado, o dominicano Manuel de los Santos, o campeão do ano passado, que partilhou o estatuto de vice-campeão deste ano com o holandês Marcella Neggers e o francês Maximilian Puget, com 81 (+9).

De los Santos, uma autêntica lenda viva do golfe adaptado, não conseguiu desta feita terminar a época como n.º 1 do Ranking PING/EDGA, sendo superado pelo belga Cédric Lescut. Uma vitória de Manuel de los Santos poderia tê-lo levado a terminar o ano como nº 1, dada a ausência de Cédric Lescut no Pestana Vila Sol.

De acordo com números fornecidos pela EDGA na sua página oficial no Facebook, terão participado 66 jogadores, um novo recorde neste circuito, que este ano compreendeu 12 torneios.

Para além do Open do Algarve, a ocasião foi ainda aproveitada para um extenso programa de atividades, incluindo a Reunião Anual da EDGA

De acordo com a EDGA, “membros de 18 federações de golfe europeias” estiveram presentes, “ao lado de representantes da Federação Internacional de Golfe (IGF), da Ryder Cup European Development Trust, da Associação Europeia de Golfe (EGA) e da PING”.

Falou-se sobre o crescimento da EDGA, a sua colaboração com entidades como a IGF e o R&A, a necessidade de ser um elo de ligação entre os golfistas adaptados e o movimento paralímpico.

Paralelamente, houve uma importante ação de formação junto dos profissionais e treinadores portugueses, sendo sintomáticas as presenças dos campeões nacionais de profissionais, Susana Ribeiro e Ricardo Santos, entre muitos outros nomes conhecidos do golfe nacional.

O sucesso da iniciativa ficou logo garantido à partida, porque “a FPG garantiu junto do IPDJ (Instituto Português do Desporto e Juventude) a certificação da formação para a atribuição de créditos a portadores do título profissional de treinador de desporto”, como explicou o diretor-técnico nacional, João Coutinho.

A ação de formação envolveu a EDGA, a PGA da Europa, a FPG e a PGA de Portugal, tendo estado sempre presente o presidente dos profissionais portugueses, José Correia.

Craig Thomas e Mark Taylor foram os monitores deste workshop de dois dias destinado a 22 treinadores portugueses, que ficaram a saber muito mais sobre como se pode tornar o golfe mais inclusivo.

Craig Thomas e Mark Taylor © EDGA E ATA

 

Um dos momentos mais importantes da Reunião Anual foi a entrada da Golf Australia na EDGA como membro filiado.

“Todos os membros da Reunião Anual da EDGA ficaram encantados de acolher a Golf Australia nesta organização”, disse o presidente da EDGA, Tony Bennett.

Por parte da Golf Australia esteve presente o gestor do Projeto de Inclusão, Christian Hamilton, que explicou a experiência da federação australiana neste domínio e a visão de fazer o golfe crescer junto de todos os praticantes, incluindo os deficientes, refletindo a elevada cultura desportiva do povo australiano.