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Filipe Lima: "Não me posso queixar, foi fantástico"
24/09/2017 19:01 GOLFTATTOO
Filipe LIma hoje na sua volta final no Portugal Masters © FILIPE GUERRA

O que ele disse a propósito do seu brilhante desempenho no Portugal Masters

Filipe Lima está a atravessar o melhor momento da época no European Tour, depois do 16.º lugar no KLM Open, na Holanda, alcançou o 5.º lugar empatado com Ricardo Melo Gouveia no Portugal Masters. Eis o que disse no rescaldo da sua prestação em Vilamoura 

“É um balanço que só pode ser positivo. Andei sempre à procura de melhorar, podia ter feito mais um ou dois birdies, mas não me posso queixar. Foi fantástico. 

“Estou muito contente, joguei bastante bem e foi bom para Portugal e para o povo português termos conseguido dois resultados assim. 

“Este é também trabalho da Federação Portuguesa de Golfe e da PGA de Portugal e eu vou continuar a apoiar, porque temos a possibilidade de termos ainda melhores campeões. 

“O momento especial no dia de hoje aconteceu no buraco 10. Quando fiz aqueles três putts (bogey), estava a ‘patar’ para birdie e fiz três putts. A cabeça estava um bocadinho assustada, o meu caddie deu-me uma palavra, abriu-me os olhos, disse-me que eu estava a jogar com medo e não havia razão para isso. 

“Aí comecei a atacar mais a bandeira e o meu jogo habitual e aconteceu com quatro birdies quase seguidos. Estava à espera de fazer mais um do 17 ou no 16, mas não aconteceu. Quatro abaixo foi bom e estou muito contente. 

“O Ricardo puxa-me para cima e eu puxo-o a ele para cima também. Ele não deve gostar quando estou à frente dele em termos competitivos. 

“É bom termos dois jogadores ao mais alto nível. Faltam mais, temos de ter três, quatro, cinco... dez. Temos de ter mais. Estamos a lutar para isso. 

“Estou muito contente por ele (Melo Gouveia) porque ele treina muito, foi um ano especial para ele, porque casou e esta classificação é muito boa para ele. 

“Somos dois no topo, mas estamos a puxar para termos mais e estou a ajudar a FPG e a PGA Portugal como posso. Estou a pensar vir morar para Portugal e posso ajudar ainda mais. 

“É oficial: para o ano venho para cá, para Portugal. Não sei ainda para onde, mas vai ser para a região de Lisboa. Já falei com a minha mulher e vamos vir para cá. Portugal é um país fantástico e com uma grande qualidade de vida e eu nunca aproveitei muito, só mesmo quando venho de férias. Venho viver para Portugal, para aproveitar este sol fantástico e os campos maravilhosos. 

“Eu e o Ricardo somos muito amigos. Demo-nos muito bem nos Jogos Olímpicos, é uma pessoa fantástico, muito sério, está sempre a puxar-me para cima. 

“Aquela semana que passei com ele na Austrália abriu-me muito os olhos na qualidade de jogo que eu estava a precisar. 

“Mudei a equipa técnica. O treinador ainda é o Benoit Willemart. Sempre trabalhei muito com o Pedro Lima Pinto aqui em Portugal, mas agora tenho um manager que trata da minha equipa. A empresa apresentou-me um preparador físico, um osteopata, uma preparadora mental. Estava mesmo a precisar disto, porque estava muito sozinho e hoje isso é impossível. É verdade que o nível está alto, temos de trabalhar mesmo a sério. 

“Desde a operação às costas que o problema desapareceu. Nunca mais tive dores, nunca tive mais problema nenhum. E acho que a preparação que estou a ter agora ainda vai melhorar mais. Estou a ficar velho e tenho de bater a bola um pouco mais forte. Quando vejo aquela juventude toda a bater a bola tenho de aquecer as mãos e não posso ficar atrás. Não gosto disso. 

“O público ouviu a mensagem e hoje esteve em peso. O campo estava cheio e é assim que tem de ser. Com esta juventude toda que temos aqui fora, eles vão precisar de apoio. Temos um país fantástico e para jogar golfe é o melhor país do Mundo. Toda a gente o diz. Não só pelo sol, como pela qualidade dos campos. Temos de puxar por isso.”