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Isto não é um buggie, é um golf car
30/03/2016 10:45 RODRIGO CORDOEIRO
tags: Garia
A versão mais básica da marca dinamarquesa custa 20 mil euros / © D.R.

Garia não tem concorrência a fabricar e comercializar carros de golfe de luxo

Os buggies de golfe andam a uma velocidade máxima de cerca de 15km/h, agora experimente fazê-lo num que dá 45km/h. Foi o que fiz na última semana, no campo do Lisbon Sports Club (o segundo mais antigo clube de golfe do país, em Belas, Sintra), a convite do Wonder Roll, empresa que representa em Portugal a marca dinamarquesa Garia, de carros de golfe elétricos de luxo, sem concorrência a nível mundial. E digo que parece que vamos a 200km/h.

Experimentei a versão Monaco, homologada para poder circular também nas estradas e cidade, com matrícula, bancos em pele, cintos de segurança, espelhos retrovisores, luzes exteriores, travões de disco e regenerativos e suspensão independente à frente, idêntica em termos de design a um Fórmula 1, em triângulos sobrepostos, sistema McPherson, o chassis em duro alumínio, com tratamento especial para ser resistente inclusivamente aos químicos que se utilizam nos campos de golfe. Equipados com kit de performance, chegam aos 60km/h.

Os Garia têm versões para circular na estrada e cidade / © D.R.

Outros factor de distinção, mais ao nível golfístico, é a posição em que os sacos de golfe assentam nas traseira do carro, de forma inclinada e não na vertical, o que facilita a tarefa aos jogadores na hora de escolher os tacos e pegar neles. Também gostei do refrigerador no tabelier, Verão deve dar um jeitão.

Não foi por acaso que no primeiro parágrafo falei em “carro de golfe”, na Garia não gostam do termo “buggie”, consideram-se acima disso e não o contesto – basta dizer que a assistência aos Garia em Portugal é dada pela GolfeJardim, no Algarve, representante no país da Club Car, um dos três maiores fabricantes mundiais de buggies de golfe e, por cá, líder de mercado.

“O buggie habitual de golfe não é comparável, nem em termos de especificações, nem em termos de preço, nem em termos de imagem; aos Garia preferimos designá-los como golf cars”, sublinha João Catita, um dos dois sócios da Wonder Roll, um executivo sénior na área dos automóveis e também golfista, como golfista é o seu partner no negócio, Mário Costa Macedo. “Há muita gente que os utiliza não só para jogar golfe, mas para ir ao supermercado, para ir à praia, para dar as suas voltas em resorts. As versões 2+2, com quatro lugares, já permite levar, por exemplo, os filhos”, acrescenta.

Perspectiva de um tabelier / © D.R.

A versão mais básica, designada Golf Car, com velocidade máxima de 15km/h, custa aproximadamente 20 mil euros, já com IVA incluído. Se falarmos na versão Monaco, serão mais €4000. E se falarmos em baterias de lítio, acrescente-lhes mais €5000, mas dispensam manutenção e têm uma garantia de 10 anos, sendo vivamente aconselhadas pela Wonder Roll. “É só vantagens, é uma coisa perfeitamente limpa, sem ácidos, o carro fica mais leve, com mais força e com mais autonomia, nomeadamente de 60 quilómetros”, justifica Costa Macedo, que se habituou a utilizar o seu Monaco para se deslocar de sua casa em Paço de Arcos para Lisboa e até para o Lisbon Sports Club, o seu clube de sempre.

Existem ainda, além de todos os acessórios facultativos, as versões Roadster (descapotável) e Mansory (topo de gama). Esta última, com o nome do fornecedor de transformadores para os Ferrari, Lamborghini e Bugatti, Rolls Royce, Porsche, entre outras marcas de luxo, atinge a velocidade de 60km/h e custa até 60 mil euros. O norte-americano Bubba Watson, duas vezes vencedor do Masters de Augusta National (em 2012 e 2014) e actual n.º 4 mundial no ranking mundial, tem um, tal como o veterano espanhol Miguel Angel Jiménez, com 21 vitórias no European Tour.

A versão Mansory Currus, em modo Roadster / © D.R.

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*Este artigo foi originalmente publicado no caderno GOLFE n.º 4 do jornal Público, de dia 26 de Março