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João Magalhães em maré de lesões não desanima
08/08/2016 12:28 RODRIGO CORDOEIRO
João Magalhães hoje de madrugada no Aeroporto Francisco Sá Carneiro / © D.R.

De partida para os EUA, comenta: “Estar parado deu para ver o quanto gosto de golfe”

João Magalhães partiu hoje pelas 6h de volta para os Estados Unidos, para o seu segundo ano lectivo e de competição pelos Skyhawks na Point University, no estado da Geórgia. As férias em Portugal, essas não foram aquelas que tinha imaginado. O jogador do Oporto Golf Club esteve com a família e amigos, relaxou, sim, mas devido a uma série de lesões o único torneio em que competiu no Verão foi o Campeonato Nacional de Pares, a 20 e 21 de Junho, no campo de Santo Estêvão, fazendo parceria com João Pinto Basto (CG Estoril), seu companheiro na Point University. 

Depois de ter falhado os últimos duas provas da Spring Season (que eram as mais importantes do ano) devido a entorse grave num dedo da mão direita, João Magalhães regressou à competição precisamente nesse Campeonato Nacional de Pares. Logo de seguida passou a treinar forte no seu clube em Espinho, mas começou a sentir dores na zona do abdômen e na virilha, foi ao médico e diagnosticaram-lhe uma pubalgia, que afecta muitos atletas em sobrecarga de esforço. 

Teve então de voltar a parar, tratando-se numa clínica em Miramar especializada em lidar com futebolistas com o mesmo tipo de problemas. As melhorias foram rápidas e no final de Julho foi até ao País de Gales para três dias de treino leve com o seu treinador, David Lewellyn, o mesmo que trabalha com jogadores como Ricardo Melo Gouveia, Pedro Figueiredo, Gonçalo Pinto e Tomás Silva. Não lhe disse nada, mas também ali começou a sentir dores no pulso direito, e quando chegou a Portugal voltou a ir ao médico e foi-lhe diagnosticada uma tendinite. 

Terá assim mais um mês de paragem no golfe, o que muito provavelmente implica falhar os qualifyings para a equipa titular dos Skyhawks que jogará na primeira metade da época – a Fall Season. A sua recuperação através de fisioterapia vai continuar nos Estados Unidos, em cuja Point University pontua um terceiro português – Francisco Oliveira, que representou a selecção nacional de homens, em Julho, no último Campeonato da Europa por Equipas em Paris. 

“Tive um Verão fora do normal”, conta João Magalhães. “Depois de ter estado parado um mês e meio na América, cheguei a Portugal e passadas três semanas tive uma pubalgia que me impediu de jogar o Verão todo. Agora que já estou a ficar bem apareceu-me uma tendinite no pulso direito e vou estar à partida mais um mês parado. Basicamente, em cinco meses, já a contar com este do pulso, não pude jogar durante quatro meses e uma semana.” 

Pergunto-lhe como se sente animicamente… “Fiquei triste com mais esta nova lesão no pulso, mas antes de saber o que tinha, estive em Gales a treinar dois dias e adorei bater na bola, tinha saudades! Já falei com o meu treinador nos Estados Unidos e ele vai apoiar-me na recuperação. Estou motivado para voltar a jogar, estar tanto tempo parado deu para perceber o quanto gosto de golfe e a necessidade de jogar”, responde o jogador que foi campeão nacional em todos os escalões jovens, dos sub-10 aos sub-18, e que em 2015 brilhou com o segundo lugar empatado com Ricardo Melo Gouveia num torneio do PGA Portugal Tour realizado no Onyria Palmares e ganho por um sensacional António Sobrinho.