O que disse o português após terminar Portugal Masters em 5.º empatado com Lima
“É um balanço muito positivo. A semana começou bastante bem, Joguei bem, senti que estive à altura do desafio e adorei ter este público português a apoiar-me.
“O birdie no 11, mas principalmente o eagle no 12 foi o momento em que acreditei que iria estar entre os melhores. Senti nessa altura que o meu jogo estava bom, estava a meter bons putts e vi que tinha hipóteses de subir na tabela e se calhar tentar sair daqui com a vitória. Acabou por não acontecer, porque comecei o dia bastante atrás, mas a fase mais importante do jogo foram os buracos 11 e 12.
“Este público transforma esta semana em única durante toda a época do European Tour. É o sonho de qualquer português sair daqui com a vitória neste torneio. Ainda não aconteceu, mas esperemos que no futuro esse desejo se concretize.
“Sim, este ano tem sido bastante negativo e sair daqui com um grande resultado é muito gratificante e estou muito contente por ter chegado aqui como líder na clubhouse, mas sei que não conseguirei ganhar, que era o meu desejo, mas saio daqui muito contente.
“Orgulho em ser o melhor português de sempre no Portugal Masters? Sim, é um grande orgulho. Mas eu olho sempre um bocadinho mais alto, gosto sempre de colocar os objetivos mais elevados. É lógico que é sempre bom ser o melhor português, mas eu quero estar aqui a discutir o título com os melhores da Europa.
“Não sei se salvo aqui a época, mas dou um grande salto para alcançar o meu objetivo, que é garantir o cartão para o próximo ano. Não só ficar nos primeiros cem, mas o mais importante ainda é a minha subida no acess list, que é a entrada no grupo de jogadores colocados entre os lugares 101 e 110, sem contar com os torneios do Rolex Series. Por isso, acho que vai ser um grande salto e estou bastante contente.
“Este resultado, se calhar compara-se só com o 3.º lugar na África do Sul no ano passado, mas se calhar ainda dou mais valor a esta classificação, por ter sido obtido em casa, por ser na situação em que estava. Por estas razões todas acho que, se calhar, só a vitória no Challenger Tour é superior.
“O eagle no 12: Falhei o drive um pouco à direita, fiquei antes do bunker, tínhamos 230 metros para o início do green, eu só queria bater para a direita, para ficar o mais possível próximo da bandeira, para a direita no rough, falhei um pouco para a esquerda (madeira 3), a bola aguentou-se no green, ficou a uns oito/dez metros – o Alex estava na mesma posição, ‘patou’ primeiro -, eu vi a linha e era só questão de conseguir a força certa e foi o que sucedeu. Ao ouvir a reação do público – que foi incrível - não tive qualquer dúvida que tinha conseguido. Nunca tinha sentido aquela vibração toda.
“Se fosse um torneio no estrangeiro não teria conseguido tão bom resultado. Eu estava nervoso, mas sentia que esse nervosismo estava a ajudar e que o público estava atrás de mim, estava comigo, a apoiar-me e acho que isso ajudou a chegar a um patamar mais acima."