Norte-americana vence prova olímpica feminina de golfe confirmando o seu estatuto de n.º 1 mundial
Os Estados Unidos da América fizeram o pleno no que ao ouro diz respeito nas competições de golfe dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Kasumigaseki Country Club. Uma semana depois do triunfo de Xander Schauffele na prova masculina, Nelly Korda venceu no sábado a feminina, com a japonesa Mone Inami a ficar com a prata e a neo-zelandesa Lydia Ko com o bronze.
Aos 23 anos, Nelly Korda está no topo do mundo. Na capital do Japão, não só confirmou o estatuto de n.º 1 do golfe profissional de senhoras, como alcançou o seu terceiro título nos últimos quatro torneios individuais que disputou. A anteceder o torneio olímpico, a 27 de Junho, tinha conquistado o primeiro major da sua carreira, o Women’s PGA Championship, no Atlanta Athletic Club, na Georgia.
Na quarta e última volta, Korda segurou a liderança e os nervos durante uma emocionante perseguição por medalhas, com uma tempestade tropical pelo meio que interrompeu a prova durante uma hora. Depois de ter partido a comandar com 3 shots à melhor sobre a indiana Aditi Ashok, a jogadora natual da Florida finalizou com o resultado de 69 (-2) para somar 267 (67-62-69-69), 17 abaixo do Par.
Mone Inami (70-65-68-65) e Lydia Ko (70-67-66-65), ambas com 268 (-16), partilharam o segundo lugar a uma só pancada da vencedora, tendo sido necessário um play-off pela medalha de prata. Foi jogado no 18, com a neo-zelandesa a falhar o tee shot para um bunker de fairway e falhando depois um putt de 3 metros para salvar o par. A nipónica ficou assim com o título de vice-campeã, mas Ko tornou-se a única golfista a conquistar medalhas no Rio de Janeiro e em Tóquio: há seis anos, no Rio, ficara a com a de prata.
Os Jogos de 2016 haviam assinalado o regresso do golfe à cena olímpica após uma ausência de 112 anos. Então, na prova feminina de golfe, a vencedora foi a sul-coreana Inbee Park e a terceira classificada a chinesa Shanshan Feng.
“Os meus pais sempre disseram que eu sou como um leão [que é o seu signo astrológico], porque desde jovem sempre fui super-determinada e super-concentrada no que quero. Num certo sentido, sinto que isso foi construído dentro de mim”, disse Korda, que é filha do antigo profissional de ténis Petr Korda, vencedor do Open da Austrália em 1998 e antigo membro do top-10 do ranking ATP.
É uma família de campeões, já que a irmã mais velha de Nelly, Jessica, é também uma jogadora de destaque no LPGA Tour, somando tantas vitórias (6) como aquela no circuito. E o irmão delas, Sebastian, também é um craque do desporto, mas no ténis, tendo vencido o Open da Austrália para juniores (sub-18) e sendo o actual 45.º no ranking ATP.
Jessica Korda também representou os EUA em Tóquio, terminando com o melhor resultado no último dia, um 64 (-7) que a fez terminar nas 15.ªs, entre as 60 concorrentes. Mas o melhor score da semana pertenceu a Nelly, com um 62 no segundo dia, a igualar o recorde olímpico da volta mais baixa, que havia sido obtido em 2016 pela russa Maria Verchenova.
O jovem indiana Aditi Ashok terminou no quarto lugar com 269 (67-66-68-68) e a australiana Hannah Grenn (71 -65-67-68) e a dinamarquesa Emily Perdesen (70-63-70-68) fecharam o top-5 com 271 (-13).