Patrícia Brito e Cunha substitui José Luís Figueiredo na direcção do Oeiras Golf & Residence
Para Patrícia Brito e Cunha, profissional de golfe desde 1999, treinadora de nível 4, esta foi a primeira semana da sua nova vida. A 1 de Fevereiro, iniciou funções como directora de golfe do Oeiras Golf & Residence, o que implicou mudar-se do Porto para Lisboa. “Estou a morar onde estava há 30 anos, em casa da minha mãe, no Restelo. De casa ao clube e vice-versa são 10 minutos de carro, é um pulinho”, esclarece.
Patrícia veio substituir José Luís Figueiredo, “Ginja”, como é conhecido entre os mais próximos, pai de uma das grandes estrelas do golfe português, o jogador Pedro Figueiredo. Ginja vai, por sua vez, substituir José Maria Cazal-Ribeiro na direcção de outros três campos que, como o de Oeiras, fazem parte do Grupo Orizonte Lisbon Golf – são eles os dois percursos de 18 buracos de Ribagolfe e o de Santo Estêvão, todos no concelho de Benavente. Ficará também encarregado de comercializar junto das federações e associações europeias os campos do Grupo Orizonte, que incluem ainda a Quinta do Peru (direcção de Salvador Costa Macedo), em Azeitão (Palmela), e os 36 buracos da Aroeira (direcção de Carlos Fonseca), na Fonte da Telha (Almada).
Por enquanto, sólida passagem de testemunho, mantêm-se juntos em Oeiras. “Oficialmente, devo começar as minhas novas funções a partir de dia 15 de Fevereiro”, informa Ginja, “mas provavelmente terei de acumular funções aqui em Oeiras nos primeiros tempos, porque a Patrícia tem muitas coisas a fazer neste momento e se calhar não consegue ficar sozinha.”
Ginja, 52 anos, lembra que foi ele próprio que recomendou Patrícia, quando soube que ela ia sair da Quinta do Fojo, numa altura em que o Grupo Orizonte pretendia dinamizar a academia em Oeiras. “A partir daí vi logo com bons olhos a vinda dela”, diz Ginja, acrescentando: “Como é óbvio, estes primeiros dias que eu tenho passado com ela têm sido fantásticos. Primeiro, é uma nova experiência com uma pessoa com quem eu nunca tinha trabalhado, e isso é sempre positivo. Mas estou a ver a garra que ela tem, que eu já conhecia, e uma outra parte: a sua qualidade de trabalhadora, o que só pode ser positivo para mim, para o campo, para a academia, para o Grupo Orizonte e para o golfe nacional. Em 2014 já fabricámos muito praticantes, mas com a Patrícia a desenvolver esta parte da academia, algo que ainda não tínhamos, acho que o número de jogadores vai crescer.”
Como profissional de golfe, Patrícia, 53 anos, sempre trabalhou no norte do país, mas diz que se sente “em casa” nesta sua primeira experiência na zona da Grande Lisboa. “Estou a trabalhar com pessoas com que conheço há 30 anos, que fizeram muito pelo golfe e que vão continuar a fazer”, afirma num elogio dirigido a Ginja. “No fundo”, continua, “vou gerir a parte do campo do golfe e dinamizar uma coisa que não estava ainda no programa: a academia. Pôr a funcionar tudo o que é ligado à escola. Esta zona está cheia de potencial, com muita gente e empresas; não são só escritórios, há muitos apartamentos, é um dormitório extenso e de alguma forma temos de dar a conhecer que existimos. O campo em si é muito bom, tem condições excelentes. Vamos dar à academia condições para desenvolver a modalidade e criar mais jogadores.”
Patrícia começou por exercer funções na Quinta do Fojo, em Vila Nova de Gaia, dinamizando este clube e tornando-o uma potência do golfe nacional feminino, como ficou demonstrado com a conquista da Taça Nini Guedes Queiroz, atribuída ao clube campeão nacional de Portugal em senhoras. Depois esteve cinco anos e meio a trabalhar no Estela Golf Club e venceu esta competição mais três vezes, treinando campeões nacionais individuais como João Magalhães, Joana Silva Pinto, Susana Mendes Ribeiro, Rita Félix ou Inês Barbosa, para só citar os mais mediáticos. Em Março de 2013, voltou para a Quinta do Fojo, de onde saiu a 31 de Dezembro de 2014, ou seja, há mais de um mês.
“Todos os meus alunos com quem trabalhei no Fojo, os mais avançados, ficaram decepcionados com a minha saída, porque o programa que eu estava a fazer foi interrompido, não sei bem porquê”, lamenta. “E como não me podem ter em full time, tiveram de optar por outras escolas, alguns foram para Miramar, outros para o Oporto. Vou estar a olhar por eles indirectamente, mas não posso continuar a treiná-los estando eles no Porto e eu aqui. Mas estão bem encaminhados…”
A academia de que Patrícia irá desenvolver em Oeiras divide-se em quatro escalões etários: Sub-6, Sub-10, Sub-14 e Sub-18. E tem início de actividade marcado para o fim-de-semana de 7 e 8 de Março.