AcyMailing Module

19
> Home / Artigos
Quem são os caddies dos nossos no Portugal Masters
18/10/2016 14:09 RODRIGO CORDOEIRO
O pai de Tomás Silva, José, costuma ser imprescindível no seu saco / © FILIPE GUERRA

Conheça os actores secundários das estrelas portuguesas no Victoria CG

PROFISSIONAIS 

Ricardo Melo Gouveia com Nick Mumford

 

Ricardo Melo Gouveia competiu dois anos (não foram bem dois anos, melhor seria dizer ano e meio visto que se tornou profissional no Verão de 2014) no Challenge Tour sem caddie fixo, mas a sua promoção ao European Tour, na condição de número 1 na ordem de mérito daquele circuito em 2015, a isso exigiu. O inglês Nicholas Mumford, de 48 anos foi o escolhido, depois de trabalhar 12 dos últimos 14 anos com o dinamarquês Anders Hansen, que se retirou dos relvados por ocasião do Portugal Masters 2015. Mas na sua carreira Nick Mumford passou pelo saco de nomes como Lee Westwood, Adam Scott, David Howell e Francesco Molinari. A estreia de ambos foi no final de Novembro, na primeira prova do European Tour relativa à época 2015-2016, com o 18.º lugar no Alfred Dunhill Championship, no Leopard Country Club, África do Sul.

Pedro Figueiredo com Francisco Ataíde

 

Nos últimos dois anos foi Francísco Spínola quem fez de caddie de Pedro Figueiredo no Portugal Masters, desta vez será Francisco Ataíde. Além do nome em comum, os Franciscos partilham afiliação na Quinta do Peru, o clube de sempre de “Figgy” no golfe, sendo amigos dele. “O Francisco [Spínola] está a tirar o curso de piloto de avião”, explica o jogador. “Quando soube que ia jogar o Portugal Masters, pensei em quais seriam as minhas melhores opções para caddie, e o Francisco [Ataíde] englobava as condições essenciais. Conhecemo-nos bem, ele conhece bem o meu jogo, é uma pessoa com carácter, com personalidade, que não tem medo de dizer para eu jogar este taco ou aquele taco. Além disso, é um desportista, além de um bom jogador de golfe, também pratica râguebi, o que, ao fim de dias a puxar um saco daquele tamanho, também é importante.”

Tiago Cruz com Álvaro Neto

Campeão nacional de profissional em 2014 e 2015, vice-campeão nacional em 2016 após um play-off perdido para Ricardo Santos, Tiago Cruz conta com Álvaro Neto, um amigo da família que o tem acompanhado nos últimos anos nas etapas da Escola de Qualificação do European Tour. Estão habituados a trabalhar junto ao mais alto nível, portanto. "É um homem que já joga golfe há muito tempo, e que quando era mais jovem teve handicap 5,0 ou 6.0. Percebe de golfe, sabe estar no campo, vê muito bem as linhas. Tenho confiança nele", disse a propósito deste golfista membro da Beloura.

Hugo Santos com Pedro Tomé

Talvez a escolha mais surpreendente para caddie. Hugo Santos foi buscar Pedro Tomé. Porque foram vizinhos nas suas infâncias e adolescências em Vilamoura, são amigos de longa data. Pedro Tomé já jogou golfe, já abandonou e já regressou, tendo actualmente handicap de 16,0 ou 17,0, conforme nos contou o irmão mais velho de Ricardo Santos. “Ele faz o essencial e bem, e o resto sou eu. No caso de eu precisar de alguma coisa ele também fala, mas só se eu lhe pedir. De resto, é uma pessoa que sabe perfeitamente desempenhar o seu papel num torneio desta importância, no aspecto de aguentar o saco, estar por perto e assistir à bandeira, o que, a este nível, tem que se lhe diga, pois os jogadores não perdoam falhas”, explica. 

João Carlota com Nathan Brader

Foram durante muitos anos companheiros do Clube de Golfe de Vilamoura, pelo qual se sagraram várias vezes campeões nacionais por equipas e pelo qual até foram campeões da Europa de clubes em 2013 na Aroeira, num trio que contava ainda com Gonçalo Pinto. A parceria desfez-se quando João Carlota se tornou profissional no final de 2014, após uma época em que se sagrou n.º 1 no ranking nacional de amadores, mas continuam amigos e jogar juntos com frequência. “Era para ser o meu irmão (Tomás), mas não podia por causa da universidade. A escolha recaiu então no Nathan, porque é um rapaz calmo, conservador, que já conheço há bastantes anos e que conhece o meu jogo e se adapta bem a ele”, justifica o jogador do Portugal Golfe Team. 

João Ramos com Rui Morris 

Dos cinco profissionais portugueses presentes no Portugal Masters, João Ramos é o único a estrear-se na competição. É a recompensa merecida por um muito bom primeiro ano como profissional, com vitórias não só no Algarve Pro Golf Tour como no PGA Portugal Tour, a mostrar que é muito melhor jogador como “pro” do que foi como amador, que é o que se pede aos que fazem tal transição. Para caddie chamou Rui Morris, um membro ainda mais recente da PGA de Portugal, ex-amador do Club de Golf de Miramar. “Escolhi o Morris porque nos damos bem, somos amigos e acho que ele pode ser uma boa ajuda para este torneio”, diz João Ramos. 

AMADORES 

O seleccionador nacional Nuno Campino, Pedro Lencart, Tomás Silva, Nelson Ribeiro e José Silva

Pedro Lencart com Nelson Ribeiro

O campeão nacional de amadores Pedro Lencart vai estrear-se no Portugal Masters com apenas 16 anos. Como caddie, a escolha óbvia, o seu treinador desde que há oito anos se mudou para Miramar, Nelson Ribeiro. 

Tomás Silva com José Silva

Outra escolha óbvia para caddie, porque José Silva, o pai de Tomás, tem acompanhado o filho no saco em muitas vitórias. O ano passado, aliás, formaram equipa com sucesso no primeiro Portugal Masters de Tomás, tendo sido o jogador um dos dois portugueses, a par de Ricardo Melo Gouveia, que passaram o cut.