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“Quero ser um jogador de top mundial”
05/07/2015 18:09 Rodrigo Cordoeiro
Melo Gouveia: "Foi óptimo não ter entrado tão cedo no European Tour" / © EUROPEAN TOUR

O que disse Ricardo Melo Gouveia após a sua segunda vitória no Challenge Tour

Com o seu irmão Tomás a caddie, Ricardo Melo Gouveia venceu hoje o Aegean Airlines Challenge, no par-71 do Beckenbauer Course do Hartl Resort, em Bad Griesbach, no estado alemão da Baviera. Foi a sua segunda vitória no Challenge Tour e já há alguns meses que vinha ameaçando consegui-la, com seis top 10’s nos oito torneios anteriores jogados este ano, incluindo o segundo lugar no Challenge de Madrid. Para melhor contextualizar as suas declarações ao gabinete de imprensa do torneio, importa referir que a sua primeira vitória no Challenge Tour tinha sido alcançada a 5 de Outubro, no EMC Golf Challenge Open em Roma, no seu sétimo torneio no circuito desde que passara a profissional em Junho. Pouco depois, participou na Escola de Qualificação do European Tour e ficou a uma pancada do apuramento para a primeira divisão. Curiosamente, nas palavras que se seguem, “Melinho” congratula-se por não ter dado esse passo tão cedo. Mais um ano a rodar no Challenge Tour foi o ideal. E o principal circuito europeu está ali já ao virar da esquina: com o triunfo de hoje na Alemanha, o português de 23 anos é agora segundo no ranking do Challenge Tour 2015 – e os 15 primeiros no final da época são automaticamente promovidos ao European Tour. Já a partir de quinta-feira, segue-se o D+D Real Slovakia Challenge, na Eslováquia, onde, naturalmente, será o grande favorito. Eis então o teor do seu discurso após a vitória na Baviera:

“É uma óptima sensação ganhar novamente neste muito competitivo circuito. Ganhar uma vez é bom, mas ganhar duas vezes é melhor porque prova que tenho a capacidade para vencer mais do que uma vez. Estou realmente contente.”

“Eu tinha um número na minha cabeça. Pensei que 16 abaixo seria suficiente e por isso foquei-me nos meus próprios objectivos com esse alvo na minha cabeça. Cheguei às 15 abaixo e foi suficiente.”

“Na minha primeira vitória [no Challenge Tour], eu precisava mesmo de um bom resultado. Era o meu último convite e estava lá em baixo nos rankings, pelo que precisava de fazer algo acontecer. Ter vencido nessa semana mudou muita coisa e quase cheguei ao European Tour através da Escola de Qualificação. A vitória de hoje também foi especial porque tenho estado a jogar muito bem. Simplesmente, os putts não estavam a cair, e nesta semana consegui finalmente capitalizar.”

“Fiquei muito desiludido na Escola Qualificação do European Tour, mas o meu pai disse-me para ver o lado positivo e construir o meu jogo para o European Tour. Acho que teria sido cedo de mais para dar esse passo. Acho que foi óptimo não entrar logo ali.”

“O meu objectivo é ser um dos jogadores de top a nível mundial; ser o melhor português de sempre será uma consequência disso. Os meus objectivos são globais e se eu continuar a jogar assim atingirei os meus objectivos de longo prazo.”

“Portugal tem grande condições climatéricas, os campos de golfe são óptimos. Precisamos apenas de alguém a jogar no topo do golfe mundial para que os miúdos possam olhar e ficar incentivados. Eu, Pedro Figueiredo, Ricardo Santos, Filipe Lima e muitos outros estamos no bom caminho para construir essa mentalidade no nosso país.”