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Um Cameron Davis gigante tomou Detroit de assalto
05/07/2021 12:43 GolfTattoo
Cameron Davis com o troféu do seu primeiro triunfo no PGA Tour, aos 26 anos © RMC

Australiano de 26 anos vence Rocket Mortgage Classic batendo Troy Merrit no quinto buraco do play-off

Cameron Davis tornou-se este domingo no quarto australiano (depois de Matt Jones, Marc Leishman e Cameron Smith) a vencer no PGA Tour, conquistando o Rocket Mortgage Classic no Detroit Golf Club, no Michigan, após um play-off com o norte-americano Troy Merrit que só foi decidido no quinto buraco de jogo.

O chileno Joaquin Niemann também entrou no desempate por morte súbita, mas ficou de fora logo no primeiro buraco, com um bogey. Este trio de jogadores tinha concluído as quatro voltas regulamentares a partilhar o primeiro lugar com um total de 270 pancadas, 18 abaixo do Par 72 do campo. Na semana passada tinha havido um play-off de 11 buracos entre Harris English e Kramer Hickok, no Travelers Championships, favorável ao primeiro. 

Merrit e Nieman iniciaram a jornada decisiva em Detroit empatados na frente com -14 e assim se mantiveram ao concluírem com o resultado final de 68 (-4), ambos com boas rectas finais de birdie-birdie-par. Mas Davis, de 26 anos, brilhou mais alto ao fechar com eagle-birdie para um 67 (-5) que lhe permitiu anular a desvantagem mínima que tinha para aqueles. No 17 (par 5), o australiano de 26 anos meteu a bola directamente no buraco com um shot do bunker para marcar 3; e depois jogou de forma exímia o 18 (Par 4), fazendo novamente 3. 

O primeiro buraco do play-off jogou-se no 18, com Niemman a passar o green no approach, não conseguindo depois o up & down para o par. Um final inglório para o jovem craque chileno de 22 anos, que estava na luta pela sua segunda vitória no PGA Tour e para se tornar apenas o terceiro jogador no circuito a vencer sem fazer qualquer bogey nos 72 buracos regulamentes. Um feito que até aqui só foi conseguido por J. T. Poston em 2016 e por Lee Trevino em 1974. 

Davis e Merrit continuariam a jogar por mais quatro buracos (nos buracos 15, 14, 16 e 15), com o australiano a manter uma eficiência robótica mas sem lograr aplicar o golpe final, isto é, sem conseguir meter os putts. Até que ganhou no 15, um Par 3, com o Par, depois de o seu rival não ter evitado o bogey, na segunda ocasião do desempate em que este falhou o green no 15. No 14, Par 5, ambos bateram shots épicos para colocar a bola à segunda no green, ficando para eagle e marcando birdie

Se Merrit procurava a sua terceira vitória no PGA Tour, para Davis foi a concretização do sonho americano – o seu primeiro título no PGA Tour, o que lhe proporcionou a subida de 134.º para 64.º no ranking mundial e de 81.º para 34.º na FedEx Cup. O êxito valeu-lhe ainda um prémio de 1,35 milhões de dólares e a entrada no FedEx St. Jude Invitational em Memphis, Tennessee, a primeira prova dos World Golf Championships em que vai entrar. 

“Ainda é tudo muito surreal para mim. Já estive em boas posições antes, mas jogar o golfe que joguei na parte final foi incrível”, disse Davis, que, por causa da pandemia, não via seu treinador de swing desde 2019 e havia chegado a Detroit após de três semanas de folga e sem nada melhor do que um top-25 desde Fevereiro – o terceiro lugar no American Express, em Janeiro, na Califórnia, era a sua melhor marca da época. Mas Davis acredita que o tempo que passou com Neale Smith, um importante psicólogo do golfe, fez toda a diferença para lidar com a natural pressão de domingo. 

Com Merrit e Niemann a partilharem o segundo lugar, o quatro posto foi ocupado por Hank Lebioda e o sueco Alex Noren, este a ficarem a um shot de entrarem no play-off.