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União luso-brasileira no golfe sénior
18/11/2016 10:58 RODRIGO CORDOEIRO
Jorge Chaskelmann, António Rebelo e Jorge Kiryla esta semana no Estoril / © FILIPE GUERRA

Sintonia entre António Rebelo e Cláudio Kiryla, os respectivos presidentes associativos

Os presidentes da Associação Nacional de Seniores de Golfe de Portugal (ANSGP), António Rebelo, e da Associação Brasileira de Golfe Sénior (ABGS), Cláudio Kiryla, encontraram-se na passada terça-feira no golfe do Estoril para trocarem ideias sobre uma futura colaboração a desenvolver entre ambas, e que passa não só pelo intercâmbio de facilidades e benefícios entre os jogadores de ambos os países, como por um torneio cá e outro lá. 

O contato entre eles foi feito através de um amigo comum, o português Jorge Chaskelmann, que passou os últimos anos no Brasil a desenvolver o Dom Pedro Laguna, Beach Villas & Golf Resort, um investimento português dos grupos Dom Pedro e Solverde, integrado no Eco-Resort de luxo Aquiraz Riviera, a 40 quilómetros de Fortaleza, no estado do Ceará, distinguido pelo segundo ano seguido nos World Travel Awards como o “Melhor Resort de Praia da América do Sul”. 

“Trocámos grandes ideias, os primeiros passos foram dados, agora falta colocar no papel, para formalizarmos. Todos os benefícios que a minha associação tem no Brasil serão transferidos para os seniores portugueses, e em relação aos torneios ainda estamos acertando as datas”, afirmou Cláudio Kiryla, que faz parte de um grupo de 60 golfistas brasileiros (com algumas das respectivas mulheres são 80) que vieram jogar golfe em campos da Grande Lisboa durante uma semana. 

António Rebelo sublinha que tudo o que possa trazer benefícios à associação a que preside é positivo, ainda para mais quando, como sublinha, “mais de 50 por cento” dos filiados na Federação Portuguesa de Golfe são seniores, “aos quais não tem sido dado o devido valor”. “Fazemos parte de um grupo de 24 países membros da European Senior Golf Association, mas neste caso em concreto passa por sairmos das fronteiras da Europa, abrindo novos horizontes”, comenta. 

Em relação aos torneios, esclarece António Rebelo, a ANSGP não irá criar propriamente um novo torneio, podendo apenas os seniores brasileiros participar no Troféu Torre de Belém (em inglês, Trophy Tower of Belem), que é como ficou a ser designado desde este ano o Campeonato Internacional Sénior de Portugal, e que dado o sucesso da última edição, em Setembro, será repetido em 2017, mas em princípio em Março. “É a primeira oportunidade para o Brasil estar presente com um bom número de jogadores”, diz. Já o torneio no Brasil deverá realizar-se em Agosto ou Setembro, sendo o resort de Aquiraz o palco mais provável. 

Os líderes das associações de seniores de Portugal e do Brasil, com Jorge Chaskelmann ao centro, após a troca de ideias sobre a futura colaboração/© FILIPE GUERRA

Como profissional do sector do turismo, agora reformado e de novo em Portugal, Jorge Chaskelmann salienta que ao longo de 12 anos no Brasil – e ele foi presidente uma câmara de comércio luso-brasileira – verificou que por lá não existe noção do potencial turístico de Portugal, de tudo aquilo o que o nosso país tem para oferecer, e que por isso existe um grande potencial de turistas brasileiros que ainda está por cumprir, incluindo no mercado golfístico. 

“Há uma percepção errada por parte do público brasileiro a respeito do Portugal Moderno”, diz Chaskelmann, que além de Director Internacional da ABGS, é agora membro da ANSGP: “Para os brasileiros, Portugal é Fátima e Bacalhau, pelo que há uma certa tendência para escolherem Miami para jogar golfe no estrangeiro, mas Portugal é um dos melhores destinos do mundo, tem preços mais baratos do que Miami ou qualquer outra capital europeia, tem bom acolhimento e uma gastronomia fantástica. Daí também o objectivo desta parceria entre os seniores dos dois países, criando sinergias para o golfista brasileiro conhecer melhor Portugal.”