Melhor que uma paixão só mesmo duas paixões. Prova cega e competição stableford une vinho e golfe
Qual é a única coisa melhor que uma paixão? Duas paixões juntas. Foi esta a premissa que motivou o Paredes Golfe Clube, em colaboração com o grupo Cegos por Provas, para unir o prazer do vinho ao prazer do golfe. Com o mote de um vinho por cada tee de saída, houve jogo de golfe, mas também competiram os melhores vinhos.
Um espumante, dois verdes brancos, um alvarinho, um maduro branco, um rosé, dois maduros tinto e um moscatel roxo de Setúbal. Foi este o elenco de uma prova que decorreu em cada um dos 9 tees de saída do golf course do Aqueduto, atribuindo-se uma nota de 0 a 20 aos vinhos em prova.
Apesar da chuva que durante todo o dia de sábado não deu tréguas na região Norte, o torneio de golfe avançou e jogou-se em apenas 9 buracos stableford, contando com cerca de 20 amantes do golfe e do “Néctar dos Deuses”. Entre os atletas, Eusébio Dias, em Gross, e Paulo Ribeiro, na classificação Net, foram os grandes destaques da componente desportiva do evento. Por seu turno, o prémio Longest Drive foi para casa de Fernando Ferreira, que conseguiu colocar a bola a uma distância total de 240 metros.
Aos golfistas, após os 9 buracos, juntaram-se outros provadores que acabaram por contribuir para a classificação dos vinhos presentes.
Na montra de vinhos, a maior estrela foi o Dona Graça Tinto de 2011, produzido pela Vinilourenço, que obteve a melhor classificação e deixou bem vincada a força da Touriga Nacional. Seguiu-se-lhe o Moscatel Roxo de Setúbal, da Casa Agrícola Horácio Simões, assim como o Vale dos Ares 2014, um Alvarinho de Monção. Refira-se que também houve uma menção honrosa para o azeite Vale da Cerdeira, que assumiu bem a responsabilidade de acompanhar os tintos.
De destacar que a responsabilidade pelo serviço de campo esteve a cargo dos alunos do Curso de Cozinha da EB 2,3 de Paredes.
Os alunos do Curso de Cozinha ajudaram no serviço da prova cega / © D.R.
Evento inédito
Nunca uma prova cega tão abrangente tinha sido feita em pleno campo de golfe português. A envolvência do Paredes Golfe Clube com o Cegos por Provas foi uma aposta ganha e é um evento para repetir, com maior dimensão, já em 2016.
“No calendário competitivo do próximo ano, prevemos contemplar a segunda e terceira edições do Wine on Green, envolvendo mais produtores e mais produtos, como o queijo, por exemplo. Para nós, que promovemos o golfe em contexto rural, este tipo de eventos é o caminho a seguir para a dinamização de produtos estratégicos para a região e o país. O golfe não pode estar fechado em si mesmo e a primeira edição do Wine on Green foi uma prova de conceito, que ultrapassou as expectativas”, explicou Arménio Santos, director de campo do Paredes Golfe Clube.
Quem corrobora esta opinião é Paulo Pimenta, do Cegos por Provas, que garante ter um feedback altamente positivo dos produtores nacionais, relativamente a eventos deste género. “Todos saíram a ganhar no Wine on Green e cremos que a nossa margem de crescimento é muito grande. Temos potencial, temos know-how e, para o ano, as surpresas serão ainda mais”, prometeu.