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Tomás Melo Gouveia Jr. alcança dobradinha rara
25/04/2017 19:10 RODRIGO CORDOEIRO
O momento em que Tomás concluiu a última volta, consagração confirmada / © FILIPE GUERRA

Junta título de campeão nacional de amadores à Taça da Federação

Tomás Melo Gouveia alcançou uma dobradinha rara – a de ficar com os títulos nos dois majors do calendário amador português. Depois da Taça da Federação Portuguesa de Golfe em Outubro, hoje venceu o Campeonato Nacional Absoluto Peugeot, no par-73 do Santo Estêvão Golfe, concelho de Benavente. O último jogador a consegui-lo tinha sido Gonçalo Pinto em 2011, Gonçalo que, como ele, era (já não é porque entretanto passou a profissional) do Clube de Golfe de Vilamoura. 

Tendo o seu pai homónimo a caddie, sagra-se campeão nacional tal como, em 2009 (Porto Santo Golfe, na Madeira), o seu irmão Ricardo, hoje a grande estrela do golfe português. E foi uma vitória mais do que categórica, na medida em que esteve claramente acima da concorrência.

Líder desde a segunda volta, quando entregou um cartão com o brilhante resultado de 66 pancadas, iniciou a última volta a comandar com duas pancadas de vantagem sobre Tomás Bessa (Miramar) – e tinha ainda mais quatro jogadores – Vasco Alves (Oporto), Carlos Laranja (Santo da Serra), Vítor Lopes (Vilamoura) e Pedro Lencart (o detentor do título, de Miramar) a um máximo de quatro shots de distância. 

A coisa prometia em termos de emoção, mas acabou por ser anti-clímax, porque Melo Gouveia acabou por fazer aquela que foi, de longe, a melhor volta do dia, de 70 pancadas, acabando por ganhar com 6 pancadas de vantagem sobre o vice-campeão Vasco Alves. Os momentos-chaves deste domingo terão sido quando meteu dois putts compridos nos buracos 4 e 5, em ambos os casos para salvar o par. 

“Foi uma volta muito sólida, acertei muitos fairways e muitos greens, ‘patei’ muito bem, meti putts muitos importantes na primeira volta, que me deram um boost para a segunda volta [para o back nine]”, afirmou ao GolfTattoo. “É um sonho tornado realidade, quem diria que eu iria ganhar os últimos dois majors? Ainda não estou em mim, mas joguei muito bem hoje e isso é que interessa.” 

Tomás Melo Gouveia – que entre 2012 e 2016 esteve a tirar o curso universitário no Rollins College, na Florida, ao mesmo tempo que competia pelos Tars – totalizou 284 pancadas (74-66-74-70), 8 abaixo do par, contra as 290 (73-73-70-74) de Vasco Alves. Pedro Lencart ocupou o terceiro degrau do pódio com 291 (76-68-74-73), Tomás Bessa foi quarto com 293 (70-73-73-77) e Carlos Laranja  (75-71-71-77), Gonçalo Teodoro (72-74-74-74) e Vítor Lopes (75-74-69-76)  partilharam o quinto lugar com 294.