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Glide, os novos wedges da Ping
02/02/2015 16:45 Vasco Patrício
tags: Ping
Como nos últimos wedges da Ping, os Glide têm várias combinações de sola / © PING

Como o nome indica estes tacos fazem tudo em prol de um melhor deslize pela relva ou pela areia

Quando se pensa em wedges, a primeira marca que vem à cabeça são os Cleveland. Desde há muito tempo que a marca iniciada por Roger Cleveland tem estabelecido o standard segundo o qual os wedges são definidos. Num segundo lugar, muito próximo da Cleveland, vêm os wedges que foram criados por Bob Vokey, que são hoje em dia comercializados pela Titleist. Depois destas duas marcas, e não obstante o facto de todas as grandes marcas de golfe produzirem wedges, estes são sempre relegados para um segundo plano. 

No entanto, as marcas que produzem wedges, ditas “outras’’, também fazem wedges muito bons e de alta qualidade. Exemplo disso são os novos wedges da Ping, denominados Glide. A filosofia inicial dos engenheiros da Ping ao criar este wedge, foi seguir o standard que todos os jogadores procuram num wedge, que na sua essência é ter na sua posse um wedge que lhes transmita confiança, ou seja, que não se enterre nem que ressalte na relva. Só assim os jogadores podem ter a confiança para atacar as bandeiras mais difíceis, executando os mais variados tipos de shot, como é comum com os wedges. Desta filosofia de construção vem o nome  “Glide’’, que significa não mais do que ter um wedge que se sinta que desliza na relva ou areia, que não necessita de concessões no jogo, que não faz medo quando se precisa de um lob ou de uma bola a correr.

Foi com eles que Bubba Watson venceu em Novembro o HSBC Champions / © PING 

Como características técnicas, estes novos wedges apresentam-se com um acabamento do tipo Satin-Chrome. Um cromado não brilhante. A ideia da utilização deste acabamento, vem do facto de, com recurso a este acabamento, conquistar uma propriedade que é a hidrofobia, ou seja, a capacidade dos wedges de repelirem a água. Os engenheiros da Ping descobriram que, com recurso apenas a este acabamento, os wedges afastavam a água mais facilmente da face, levando a uma maior consistência nos shots

Outra característica destes wedges, e como já é costume na Ping, é a utilização de algumas das tecnologias normalmente reservadas aos ferros, entre as quais inserções ou zonas de cavidade. Normalmente os wedges costumam ter formatos simples e clássicos. Isto não acontece com estes Ping Glide, que são fundidos a partir de aço 431 que é mais suave do que o que era utilizado anteriormente, 17-4.

Desenho versátil de face no 58º, vareta CFS Wedge e grip Dyla-wedge / © PING 

Para além do facto de estes wedges serem construídos com um material mais suave, ainda têm uma zona de cavidade com uma inserção de material elástico que permite que estejamos na presença de wedges que se assemelham a wedges de construção forjada. Pode-se pensar um pouco na comparação entre ferros forjados e uns Ping S55. Estes wedges também possuem outras características, como o o facto de as ranhuras da face serem diferentes conforme os lofts dos tacos. Assim, os wedges de loft mais baixo 47, 50 e 52 têm ranhuras mais profundas do que os wedges de maiores lofts, os 54, 56, 58 e 60. Isto permite imprimir mais spin à bola nos shots de face aberta. 

Tal como acontecia com os anteriores modelos de wedges da Ping, estes novos wedges estão disponíveis com várias combinações de sola de modo a permitir que cada taco se adapte melhor a cada jogador. No entanto há apenas a ressalvar a diferença que está no facto de estes wedges terem um bounce mais elevado, e extremos um pouco mais arredondados de modo a permitir um melhor deslize pela relva. 

Assim, estão disponíveis os seguintes grinds

TS (Thin Sole) –  Idealizado para jogadores que não enterram muito o taco ou para quem joga em terrenos mais firmes, disponível para os lofts 58 e 60. 

WS (Wide Sole) – Para jogadores que têm um swing mais vertical e que enterram mais o taco, disponíveis nos lofts 54, 56, 58 e 60. 

SS (Standard Sole) – Para os jogadores que não se enquadram em nenhuma das outras categorias, estando disponíveis nos lofts 47, 50, 52, 54, 56, 58 e 60. Finalmente há que referir que estes wedges estão disponíveis com varetas de grafite e de aço, sendo as varetas de aço as CFS de 118 gramas e apenas com um grau de flexibilidade. 

Embora a Ping não seja a primeira marca que vem à cabeça quando se pensa em wedges, têm na sua equipa engenheiros muito bons e que conseguem fabricar e desenvolver uns wedges com óptima performance. Que o diga Bubba Watson, que venceu o WGC-HSBC Champions em Novembro com um conjunto de Glides no saco.