Estava no saco da francesa Anne-Lise Caudal, ganhou com Marcel Siem e Markus Brier
As ironias do destino. O último post do caddie austríaco Max Zechmann no Facebook, de 2 de Dezembro, foi sobre a morte do seu companheiro de profissão Pedro Ramseyer, um argentino que chegou a trabalhar com Ballesteros nos velhos tempos deste.
“RIP Pedro, my good friend. That Sky high bar is getting busy”, lê-se na partilha que fez então do post de outro caddie, o australiano Brian Nilsson (trabalha com Nicolas Colsaerts), em duas frases ilustradas por uma fotografia de Ramseyer, que faleceu de ataque de coração no seu quarto num bed & breakfast em Malelane, na África do Sul, onde estava ao serviço do espanhol Carlos Pigem no Alfred Dunhill Championship, a primeira prova da época 2016-2017 do European Tour.
Natural de Salzburgo e residente na África do Sul, em KwaZulu-Natal, Max Zechmann só esperou cinco dias para ir ter com ele. Morreu hoje de manhã no Dubai, ao serviço da francesa Anne-Lise Caudal durante a primeira volta do Omega Dubai Ladies Masters, no Majlis Course do Emirates Golf Club.
Estavam no fairway do buraco 13 quando ele se sentiu mal (a temperatura quase chegava aos 30 graus), foi assistido no campo por médicos e levado numa ambulância para o Hospital Rashid, onde viria a falecer, não resistindo ao ataque cardíaco, com 58 anos. Os pontos altos da sua carreira foram as vitórias no European Tour com o alemão Marcel Siem e o austríaco Markus Brier.
O último torneio da época no Ladies European Tour, com 108 jogadoras em prova (19 estiveram nos Jogos Olímpicos) e um prize-money de 500 mil euros, vê-se assim reduzido a 54 buracos depois da suspensão da primeira volta. O director-executivo do LET, Ivan Khodabakhsh, justificou a medida: “Todos no LET estamos extremamente chocados e entristecidos por esta morte repentina e por isso tomámos a decisão de suspender a primeira volta, em sinal de respeito. Em nosso nome, oferecemos a condolências à sua família e amigos.”