Com apenas 16 anos, é a nova campeã do Internacional Amador de Portugal
Com apenas 16 anos, a italiana Francesca Fiorellini está a mostrar ser um caso sério de talento e precocidade. Ontem, no Montado Hotel & Golf Resort, em Palmela, venceu o 92.º Campeonato Internacional Amador de Portugal Feminino. Depois do êxito, em Novembro, no Internacional de França Sub21, este foi o seu segundo título seguido na alta-roda do golfe europeu amador e vai proporcionar-lhe uma subida significativa na próxima actualização do ranking mundial amador, tabela em que ocupa a 57.ª posição.
“É incrível ganhar o primeiro torneio do ano, estou muito honrada”, disse Francesca Fiorellini, natural de Roma e jogadora do Olgiata Golf Club. “É um grande campo [o do Montado] e já o conheço bem. Lembro-me que na minha primeira presença aqui fiz o meu melhor resultado de sempre até então, 66 (-5), e foi um grande dia para mim”. Em 2020, na sua estreia no torneio, com apenas 14 anos, tinha terminado nas 7.ªs; em 2021, ficou sozinha no 10.º lugar.
E assim, depois de duas classificações consecutivas no top 10, ela tornou-se na segunda italiana a erguer o troféu nos últimos três anos e a terceira nos últimos seis. Juntou o seu nome aos de Letizia Bagnoli (2017) e Alessia Nobilio (2020).
Francesca Fiorellini felicitada pelas suas companheiras da selecção italiana © Filipe Guerra
Partindo para a última volta a liderar com duas pancadas vantagem sobre a francesa Maylis Lamoure, foi entre ambas que o título se decidiu. Num dia em que os resultados foram mais elevados que nos dias anteriores, devido a algumas difíceis colocações de bandeiras e a greens que entretanto se tornaram um pouco mais rápidos, a italiana impôs-se com o resultado final de 72 (par), face ao 73 (+1) da gaulesa, que procurava suceder na lista das vencedoras à sua compatriota Lucie Malchirand.
Com um total agregado de 279 (-9), Francesca Fiorellini acabou assim por ganhar com três pancadas de vantagem sobre Lamoure, que foi vice-campeã com 282 (-6). A alemã Helen Briem foi terceira com 284 (-4), a inglesa Lottie Woad quarta com 285 (-3) e a espanhola Anna Cañado Espinal completou o top-5 com 286 (-2). Só houve mais uma jogadora a somar um total agregado abaixo do par: a francesa Carla de Troia com 287 (-1).
Sofia Sá, a única portuguesa que passou o cut aos 54 buracos, chegou a coliderar após duas voltas, mas acabaria por sair do top 10, igualando o 12.º lugar da edição passada, quando obteve a melhor classificação de sempre em stroke play (desde 2008) de uma portuguesa neste prestigiado evento amador, que tradicionalmente é o primeiro no calendário da Associação Europeia de Golfe (EGA), sob a égide da Federação Portuguesa de Golfe.
Depois de voltas de 70 e 69, a campeã nacional absoluta, de 17 anos, jogou as restantes duas em 75 e 77, somando 291 (+3). “Estou um pouco desiludida com estas duas últimas voltas, porque sinto que podia ter feito bem melhor. Ontem os putts não entraram, hoje os shots ao green ficaram sempre longe do buraco e depois fiquei sempre com putts compridos. O objectivo a que me propus não foi cumprido.”