Italiana de 17 anos é a nova campeã do Internacional de Portugal de Senhoras
A vencedora do Internacional de Portugal de Senhoras de 2016, a espanhola Maria Parra, tornou-se profissional no final do ano passado e já conseguiu entrar no mais rico e mais competitivo circuito profissional de senhoras do mundo, o LPGA Tour, dos Estados Unidos, tendo ontem aliás passado o cut no primeiro torneio do ano, o Pure Silk Bahamas LPGA Classic, nas Bahamas, onde competem várias jogadoras do top-10 mundial.
Hoje foi conhecida a sua sucessora na lista das vencedoras do torneio português organizado pela Federação Portuguesa de Golfe. Trata-se da italiana Letizia Bagnoli, de 17 anos, que liderou da primeira à última volta para ganhar com um um total de 282 (67-73-72-70), 6 abaixo do par. Isto no palco permanente do torneio, o campo do Montado Hotel & Golf Resort, em Palmela.
Letizia Bagnoli durante a última volta / © FILIPE GUERRA
A vice-campeã foi a dinamarquesa Line Toft Hansen (285, 68-73-75-69), que ficou a três pancadas de distância, e as suecas Beatrice Wallin (73-72-72-69) e Julia Engstrom (69-73-72-72) e a francesa Mathilde Claisse (70-75-72-69) partilharam o terceiro lugar com 286.
“É um sentimento espantoso, porque não esperava nada vencer”, disse a jogadora do Golf Ugolino, em Florença, depois de alcançar a mais importante vitória da sua carreira amadora, ela que pretende ir estudar e jogar para uma universidade nos Estados Unidos em 2018 e posteriormente tornar-se profissional.
Coube a Miguel Franco de Sousa, o novo presidente da FPG, entregar o troféu à vencedora. “Este ano batemos o recorde de inscritas, estivemos muito perto de 170 inscritas, para 90 participantes possíveis”, afirmou, continuando: “Isto é sinal de que a estratégia que a FPG implementou há seis ou sete anos de dividir a prova em homens e senhoras surtiu efeito. Obviamente que o facto de termos aqui o Campeonato da Europa de Equipas em Julho fez com que houvesse um interesse acrescido por parte de todas as federações, mas é uma prova francamente importante.”
Pelo segundo ano seguido não houve portuguesas a passar o cut, e sobre isto Miguel Franco de Sousa disse: “Foi mais uma prestação que nos desaponta a todos, estamos a viver um momento diria que frágil do ponto de vista feminino em Portugal, e isto está-se a reflectir nos resultados desportivos. Temos boas atletas que infelizmente não puderam estar aqui presentes porque optaram por estudar, o que é uma decisão perfeitamente natural. Estamos desiludidos, aquilo que é preciso é analisar o que de facto está a correr mal e desenvolvermos estratégias e trabalhos que permitam fazer um crescimento sustentável da modalidade em termos femininos.”