Leonor Bessa segura top 10 no Campeonato Internacional Juvenil da Bélgica feminino
Leonor Bessa manteve-se hoje no top 10 e na luta pelo título do 37.º Campeonato Internacional Juvenil da Bélgica, para jogadoras de sub-18. Num dia em que o torneio feminino se desenrolou à tarde e apanhou condições de jogo bem mais complicadas do que na véspera, é normal que os resultados tenham piorado e só 13 das 72 participantes conseguiram entregar um cartão melhor do que ontem.
Hoje foi um dia bastante duro ... choveu 18 buracos seguidos . Não foi um dia de golfe foi um dia de paciência e resistência”, disse Leonor ao GolfTattoo. “Comecei bem, com birdie mas no buraco seguinte fiz um duplo com 4 putts... virei +4 e depois na segunda volta joguei bastante melhor exceto o buraco 12, um par 3 em que fiz duplo ...Nesta segunda volta tive azar nos putts, podia ter feito bastantes birdies ...amanhã vai estar bom tempo portanto espero jogar bem e recuperar pancadas às líderes.
“A chuva acompanhou as jogadoras em todos os 18 buracos, o que não facilitou nada o jogo, tornando o campo mais comprido e pesado”, referiu Tiago Osório, o treinador da equipa técnica da FPG que acompanhou as jogadoras portuguesas ao Royal Golf Club of Belgium, em Ravenstein, a menos de meia hora de Bruxelas.
Leonor Bessa teve uma segunda volta de 77 pancadas, a juntar à de 73 de ontem e desceu do 4.º para o 6.º lugar, com 150 pancadas, 6 acima do par do Old Course, empatada com mais três jogadoras.
A campeã nacional de sub-18 apresentou 2 duplos bogey, 4 bogeys e 3 birdies, e continua limitada pela entorse no tornozelo direito.
“Ela já não manca tanto, mas tem dores. Está a revelar-se uma verdadeira atleta. E com o campo ensopado e pesadíssimo como estava, não ajudou muito. Agora é repousar para amanhã”, considerou o profissional do Centro Nacional de Formação de Golfe do Jamor.
“A Leonor, apesar de tudo, conseguiu recuperar o jogo nos últimos buracos e terminou com um resultado que, dadas as circunstâncias não compromete para os próximos dias”, concluiu Tiago Osório, referindo ao facto da melhor portuguesa estar a apenas 4 pancadas da líder, a francesa Camille Gollety (146, +2), quando chegámos apenas a meio da prova.
As outras duas portuguesas em competição também sentiram hoje dificuldades e não podemos esquecer que Inês Barbosa e Joana Silveira são, respetivamente, campeã nacional e vice-campeã do escalão de sub-16, pelo que medem forças com jogadoras que são maioritariamente mais velhas do que elas em um, dois e às vezes três anos, fator que, nestas idades, faz muita diferença.
Inês Barbosa coliderava o torneio aos 18 buracos, depois da sua melhor volta de sempre em torneios sancionados pela Associação Europeia de Golfe (EGA), ao igualar o par-72 do Old Course. Hoje assinou um cartão de 84, para um agregado de 156 (+12), que a atirou para o grupo das 27.ªs classificadas, com outras três jogadoras.
Ainda assim, depois de hoje colecionar 1 triplo bogey, 1 duplo bogey, 8 bogeys e 1 birdie, está bem dentro do cut provisório que amanhã irá apurar o top-36.
Em contrapartida, Joana Silveira, que tem estado a fazer uma boa campanha internacional neste verão, precisa de uma grande volta amanhã para melhorar a sua 56.º posição, empatada com a francesa Marie Pardie, com 163 (+19).
A campeã da Taça FPG BPI somou voltas de 77 e 86. Hoje sofreu 3 duplos bogey, 9 bogeys e 1 birdie.
Na Taça das Nações, Portugal coliderava ontem com a República Checa, mas hoje desceu para a 10.ª posição, com 313 (150-163) +25, o mesmo resultado da Dinamarca que aparece no 9.º posto. As checas mantêm-se na frente com 300 (150-150) +12.
O Campeonato Internacional Juvenil da Bélgica é uma organização privada de Anne e Charles Marien, mas reconhecido pela Fédération Royale Belge de Golf.
O torneio é composto por 72 buracos (quatro voltas de 18), havendo um cut aos 54 (terceira volta) para os top 36 feminino e masculino, pelo que todos osportugueses estão bem dentro do cut provisório.
O Old Course é um dos dois campos de 18 buracos do Royal Golf Club of Belgium. Não há a certeza do seu arquiteto mas o clube julga que terá sido Seymour Dunn em 1905.
O certo é que o recorde amador do campo pertence a dois jogadores com 65 pancadas, 7 abaixo do Par, o belga Nicolas Colsaerts e o português Filipe Lima, em 2000, quando ainda jogava pela França.
Trata-se de um local histórico porque a Ravenstein Manor Farm, posteriormente transformada em club house, é originária de 1460 e o palácio atual foi construído a partir de 1748.
RESULTADOS E CLASSIFICAÇÃO DAS PORTUGUESAS APÓS DUAS VOLTAS
Torneio Feminino
6.ª empatada (era 4.ª) Leonor Bessa, 150 (73-77), +6
27.ª empatada (1.ª) Inês Barbosa, 156 (72-84), +12
56.ª empatada (22.ª) Joana Silveira, 163 (77-86), +19
Taça das Nações Feminina
10.º (o mesmo resultado da Dinamarca em 9º) Portugal, 313 (150-63), +25